Um estudo da Federação das Indústrias do Estado

Um estudo da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) revelou as 10 profissões com os maiores salários médios de admissão no Brasil em 2024, destacando engenheiros como os que começam a carreira com os maiores ganhos.

Engenheiros em computação lideram a lista, com salário médio de entrada de R$ 13.794, seguidos por engenheiros de minas, com R$ 13.055. Diretores de espetáculos aparecem em terceiro lugar, com R$ 11.716, número que chama atenção por incluir uma área fora da engenharia.

A lista também inclui engenheiros químicos (R$ 11.181), mecânicos (R$ 10.838), geólogos e oceanógrafos (R$ 10.642), médicos clínicos (R$ 10.071), engenheiros de produção (R$ 9.960), pesquisadores em engenharia e tecnologia (R$ 9.708) e engenheiros eletricistas e eletrônicos (R$ 9.489).

A pesquisa foi realizada com base no Novo Caged, sistema do governo que registra o mercado de trabalho formal, e considerou valores de salários reais na admissão, já descontada a inflação pelo INPC. O levantamento abrange todas as unidades federativas e setores econômicos.

Entre as áreas que mais pagam no início da carreira, a indústria de extração de petróleo e gás natural se destaca com média salarial de R$ 9.104. No setor de serviços, a maior remuneração inicial aparece em atividades de exploração de jogos de azar e apostas, com R$ 9.301.

Na agropecuária, a pesca e aquicultura lideram com R$ 2.113, enquanto no comércio o comércio por atacado, exceto veículos, oferece o melhor salário de entrada, R$ 2.267.

Geograficamente, os maiores salários médios de admissão foram registrados em São Paulo (R$ 2.473), Distrito Federal (R$ 2.284) e Rio de Janeiro (R$ 2.223). O Rio de Janeiro foi o único estado que apresentou queda real no salário de entrada, com recuo de 0,4%.

O levantamento aponta alta demanda por profissionais técnicos e especializados, especialmente nas áreas de tecnologia e engenharia. Sete das 10 profissões mais bem pagas estão associadas à engenharia, indicando valorização nesses segmentos.

A média nacional de aumento nos salários de admissão foi de 2% em 2024, refletindo um mercado de trabalho mais competitivo. A valorização salarial foi observada em 77% das ocupações, com destaque para agropecuária e comércio, que tiveram crescimento proporcional acima da média.

A Firjan destaca que as empresas enfrentam desafios para contratar mão de obra especializada, o que pressiona a oferta salarial. Para os profissionais, os dados indicam onde estão as melhores oportunidades e a necessidade de preparo para atender às demandas do mercado.

O estudo também observa que o aumento nas demissões voluntárias, que alcançou 36% em 2024, contribui para a competição por talentos e obriga as empresas a melhorar condições de trabalho e salários para reter profissionais.

Com esse cenário, os recém-formados que buscarem as áreas ligadas à engenharia, tecnologia, saúde e até mesmo artes terão maiores chances de começar a carreira com salários acima da média.

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Fonte: g1.globo.com