O segundo dia do festival The Town 2025, realizado no

O segundo dia do festival The Town 2025, realizado no domingo (7) no Autódromo de Interlagos, reuniu público das décadas de 1970 a 1990 e contou com apresentações de bandas veteranas do rock que marcaram gerações. A principal atração da noite foi o Green Day, que fez um show com críticas ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

O trio americano abriu sua apresentação com “American Idiot”, substituindo a frase “eu não faço parte de uma agenda caipira” por “eu não faço parte de uma agenda MAGA”, referência direta ao lema “Make America Great Again” de Trump. No final da música, o vocalista Billie Joe dirigiu uma saudação ao público brasileiro. O show durou quase duas horas e reuniu uma multidão em intensa reação.

Iggy Pop, aos 78 anos, mostrou energia no palco ao cantar músicas do começo da carreira com o Stooges, como “T.V. Eye” e “Search and Destroy”, desafiando a ideia de que o rock teria morrido. O músico começou sua apresentação ao som de latidos e rapidamente retirou o colete, mantendo uma postura dinâmica durante o show.

Com a ausência do Sex Pistols, que cancelou sua participação após o guitarrista Steve Jones quebrar o pulso, o Bad Religion assumiu o palco e apresentou um repertório punk com a experiência adquirida em 45 anos de carreira e diversas idas ao Brasil. O vocalista Greg Graffin chamou a apresentação de “férias diferentes” ao abrir o show.

O palco do festival também recebeu a cantora Pitty, que conduziu seu público num coro coletivo emocionado ao interpretar canções como “Teto de Vidro” e “Memórias”. Ela incentivou os fãs a formarem rodas em estilo punk, criando um ambiente de interação durante o show.

A banda brasileira CPM 22 dedicou sua apresentação aos primeiros álbuns, tocando sucessos que emocionaram fãs e promoveram um grande karaokê coletivo. Com 30 anos de carreira, o grupo destacou repertório que concentra a fase mais significativa para o público presente.

O Capital Inicial apresentou um setlist semelhante ao que costuma levar ao Rock in Rio, com músicas lançadas entre o final dos anos 1980 e início dos anos 2000. A banda também fez comentários políticos, citando a canção “Que País é Esse?” como crítica à Proposta de Emenda Constitucional da Impunidade.

No início da noite, Supla fez um show que misturou nostalgia e protesto, abrindo com um cover de “As It Was”, de Harry Styles, e contando com a participação da banda Inocentes, que protestou contra a escala 6×1 e outras questões políticas.

O segundo dia do The Town 2025 destacou a mistura de gerações, com famílias presentes, repertórios nostálgicos e manifestações políticas nos shows, consolidando o festival como um espaço de resistência cultural e crítica social por meio do rock.

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Fonte: g1.globo.com