O Itaú demitiu cerca de mil funcionários que

O Itaú demitiu cerca de mil funcionários que trabalhavam em regime híbrido ou remoto nesta segunda-feira (8), após revisar a produtividade no home office, informou o Sindicato dos Bancários. A instituição apontou que a decisão foi tomada após uma análise criteriosa de condutas relacionadas ao trabalho remoto e ao registro de jornada.

Segundo o banco, foram identificados padrões considerados incompatíveis com seus princípios de confiança, considerados inegociáveis pela instituição. A medida integra um processo de gestão interno que visa preservar a cultura organizacional e a relação de confiança com clientes, colaboradores e a sociedade.

O Sindicato dos Bancários criticou a decisão, destacando que os desligamentos ocorreram sem advertência prévia ou diálogo com a categoria. Para a entidade, a ação representa um desrespeito ao movimento sindical e aos trabalhadores.

Maikon Azzi, diretor do sindicato e funcionário do Itaú, afirmou que os desligamentos foram baseados em registros de inatividade nas máquinas corporativas, algumas vezes superiores a quatro horas. Ele questiona a metodologia, alegando que ela não considera a complexidade do trabalho remoto, falhas técnicas, contextos de saúde, sobrecarga ou a própria organização das equipes.

O sindicato informou ter solicitado esclarecimentos ao banco e pretende cobrar a reposição das vagas. O Itaú não divulgou detalhes específicos sobre os critérios que levaram às demissões nem quantificou oficialmente o número de funcionários desligados.

As demissões ocorrem em um momento em que instituições financeiras revisam suas políticas de trabalho remoto e presencial, buscando equilibrar eficiência operacional e a adaptação a novos modelos de trabalho. O tema tem gerado debates sobre direitos trabalhistas, condições de trabalho e a adoção de novas práticas gerenciais.

Até o momento, o Itaú não comentou sobre a possibilidade de medidas administrativas adicionais nem sobre possíveis revisões na política de trabalho remoto. O sindicato segue mobilizado para garantir a reposição e a abordagem de questões relacionadas aos desligamentos.

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Fonte: g1.globo.com