Economia

As exportações brasileiras de calçados caíram em volume e va

As exportações brasileiras de calçados caíram em volume e va
  • Publishedsetembro 8, 2025

As exportações brasileiras de calçados caíram em volume e valor em agosto de 2025, afetadas pelo aumento de tarifas impostas pelos Estados Unidos, indicou nesta segunda-feira (8) a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados). O setor enfrenta dificuldades diante da medida que torna as vendas para o principal mercado, os EUA, quase inviáveis.

Em agosto, o volume exportado foi de 7,64 milhões de pares, 0,5% menor que no mesmo mês do ano anterior, enquanto a receita somou US$ 77 milhões, uma queda de 9,1%. No acumulado do ano até agosto, o país exportou 67,5 milhões de pares, crescimento de 5,7%, porém a receita caiu 0,6%, totalizando US$ 651 milhões.

As vendas para os Estados Unidos recuaram 17,6% em volume, para 803,7 mil pares, e 1,4% em valor, atingindo US$ 21,4 milhões. O presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, afirmou que a tarifa adicional de 50% aplicada pelos EUA afetou os números em agosto e prevê impacto maior em setembro, quando a tarifa já estará em vigor durante o mês completo.

Enquanto isso, as exportações para Argentina e Paraguai cresceram 68% e 41,4%, respectivamente. A Argentina importou 1,63 milhão de pares brasileiros em agosto, e o Paraguai, 877 mil pares.

A entidade também alertou para o aumento das importações de calçados produzidos na Ásia, principalmente da China e do Vietnã. Em agosto, o Vietnã foi o principal fornecedor ao Brasil, com 1,28 milhão de pares, alta de 17,3% em relação ao ano anterior, e aumento de 7,4% no valor médio por par. A China exportou 492 mil pares ao país, com crescimento de 41,5% e avanço de 18,2% no preço médio por unidade.

No Paraná, setor calçadista enfrenta queda de demanda e já demitiu 400 trabalhadores, enquanto 1,1 mil estão em regime de layoff, segundo representantes locais da indústria. A medida tarifária dos EUA é apontada como principal fator da retração, dificultando os negócios e afetando diretamente a produção industrial no estado.

O cenário evidencia um movimento de redirecionamento das exportações brasileiras para mercados alternativos, em resposta à tarifação elevada em seu principal destino, e um aumento da presença de produtos asiáticos no mercado interno. O setor acompanha o impacto das medidas tarifárias e busca alternativas para manter a competitividade no comércio internacional.

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Fonte: g1.globo.com

Imagem: s2-g1.glbimg.com


Fonte: g1.globo.com

Written By
Caio Marcio

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