A comemoração do centenário de Inezita Barroso em

A comemoração do centenário de Inezita Barroso em 2025 motivou o lançamento do álbum ao vivo “Inezita Barroso – Ao vivo no Sesc_1978”, com dez faixas do show realizado no teatro do Sesc Consolação, em São Paulo, no ano de 1978. O disco será divulgado pelo Selo Sesc na próxima sexta-feira, 12 de setembro, e destaca o repertório que inclui uma faceta urbana da cantora.

Inezita Barroso (1925-2015), conhecida por valorizar o cancioneiro do Brasil caboclo, interpretou em sua carreira músicas que ultrapassaram o universo rural, abordando composições urbanas como “Chão de estrelas” (1937), “Carinhoso” (1917/1937) e “Ronda” (1953). Essas três canções fazem parte do repertório do álbum ao vivo.

O show capturado no disco teve como participação especial o bandolinista e compositor paraibano Josevandro Pires de Carvalho (1932-1994), conhecido como Evandro do Bandolim. Ele colaborava com Inezita nos saraus promovidos por ela na “Casa de Inezita”, restaurante mantido pela cantora em São Paulo entre 1975 e 1976.

A “Casa de Inezita” era um espaço que unia gastronomia regional brasileira e música ao vivo, cenário que influenciou parte do repertório presente no álbum. O lançamento resgata um período menos lembrado da trajetória da artista, evidenciando essa mistura de rural e urbano em sua obra.

Além das canções urbanas, o álbum inclui standards do repertório tradicional de Inezita, como “Moda da pinga” (1953), ressaltando a diversidade estilística apresentada no show. A produção insere-se na série Relicário, que visa preservar registros importantes da cultura brasileira.

O lançamento em 2025 coincide com as homenagens ao centenário de Inezita Barroso, reafirmando sua importância na preservação e difusão da música regional brasileira. O álbum permite revisitar sua voz e interpretação, apontadas como referências no cancioneiro nacional.

A iniciativa do Selo Sesc reforça o papel das instituições culturais na conservação da memória musical. O áudio vivo de 1978 oferece uma experiência autêntica do espetáculo, preservando nuances da performance da cantora e da interação com o público.

O material também traz à tona a colaboração entre Inezita e músicos que acompanharam sua trajetória, como Evandro do Bandolim, cujo trabalho complementou a musicalidade apresentada naquele momento. A escolha do repertório evidencia sua versatilidade e abertura para diferentes influências musicais.

O álbum “Inezita Barroso – Ao vivo no Sesc_1978” contribui para a valorização da obra de uma artista fundamental da música brasileira, destacando aspectos menos conhecidos de sua carreira, relacionados ao contexto urbano e à experimentação dentro da tradição regional.

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Fonte: g1.globo.com