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Maria Bethânia estreou na noite do dia 6 de setembro

Maria Bethânia estreou na noite do dia 6 de setembro
  • Publishedsetembro 7, 2025

Maria Bethânia estreou na noite do dia 6 de setembro, na casa Vivo Rio, no Rio de Janeiro, o show “60 anos de carreira”, celebrando sua trajetória iniciada em 1965. A apresentação mesclou voz, música e poesia para revisitar diferentes fases da carreira da cantora, explorando sonoridades renovadas e repertório diversificado.

O espetáculo abriu com a participação do trio vocal que citou “Iansã”, seguido da entrada de Bethânia interpretando “Sete mil vezes”, canção de Caetano Veloso lançada há 44 anos e pouco explorada por ela desde então. Com direção musical de Pedro Guedes e arranjos de Jorge Helder e Thiago Gomes, a sonoridade do show buscou equilíbrio entre tradição e inovação. O repertório envolveu composições clássicas, como “Rosa dos ventos” e “Podres poderes”, além de trazer influências de soul e baião, em performances que destacaram o trabalho da banda e dos metais.

O roteiro, inteiramente dirigido pela própria Maria Bethânia, apresentou um equilíbrio entre momentos íntimos e arranjos elaborados. Entre as canções, destacaram-se interpretações com referências à ancestralidade afro-indígena, passando por textos poéticos de Clarice Lispector, Herberto Helder e outros autores. O visual do show reforçou essa ligação, com figurino branco assinado por Gilda Midani e imagens projetadas sob direção de Otávio Juliano, criando um ambiente que dialogou com a temática do espetáculo.

No decorrer da noite, Bethânia transitou entre temas urbanos e rurais, revisitados em canções como “Gás neon” e “Kirimurê”. O show também incluiu homenagens a Nana Caymmi, com recitação e música, e ressuscitou parceiras musicais, como Angela Ro Ro, cujas músicas “Mares da Espanha” e “Gota de sangue” foram apresentadas pela primeira vez pela intérprete. O repertório contemplou ainda composições inéditas, como “Palavras de Rita”, feita a partir de texto de Rita Lee e música de Roberto de Carvalho.

A reunião de 43 canções em dois atos mostrou a capacidade da artista de integrar diferentes épocas de sua obra, sem recorrer a clichês ou sucessos fáceis. O público respondeu com palmas e envolvimento, especialmente em momentos que resgataram a força de obras como “Fé cega, faca amolada” e “Diz que fui por aí”. O bis final reuniu canções marcantes, incluindo o samba-enredo “Maria Bethânia, a menina dos olhos de Oyá” e “Reconvexo”.

O show “60 anos de carreira” evidencia a trajetória extensa da cantora, que mantém a paixão e a ideologia presentes desde o começo, abrangendo diversidade cultural e musical. A estreia no Vivo Rio marcou o início de uma turnê que seguirá para São Paulo em outubro, reafirmando a relevância da artista no cenário musical brasileiro.

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Fonte: g1.globo.com

Imagem: s2-g1.glbimg.com


Fonte: g1.globo.com

Written By
Vitor Souza

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