Laurent Freixe deixou o cargo de CEO global

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Laurent Freixe deixou o cargo de CEO global da Nestlé nesta segunda-feira (1º), após investigação interna revelar que ele manteve um relacionamento amoroso com uma funcionária sob sua supervisão direta, violando o Código de Ética da empresa. A substituição foi confirmada pela Nestlé, que justificou a decisão como necessária para proteger a governança e os valores da companhia.

O relacionamento foi inicialmente reportado em maio deste ano por meio dos canais de denúncia da Nestlé na Suíça. Uma primeira apuração não encontrou evidências concretas e Freixe negou as alegações. No entanto, novos relatórios internos levaram a uma segunda investigação, conduzida por consultoria externa e pelo presidente do conselho Paul Bulcke, que confirmou o envolvimento.

A identidade da funcionária não foi oficialmente divulgada. Fontes locais informaram que ela atua na área de marketing e teria sido promovida a vice-presidente da região das Américas um ano e meio após o início do relacionamento com Freixe. A Nestlé não confirmou essa informação nem detalhes sobre sua posição.

Laurent Freixe, francês nascido em 1962, construiu sua carreira na Nestlé desde 1986, ocupando cargos de liderança em diversos países, incluindo Hungria, Espanha, Portugal, Estados Unidos e México. Foi vice-presidente executivo, CEO das divisões das Américas e América Latina antes de assumir a presidência global em 2024. Ele também esteve à frente do programa Nestlé Needs YOUth, voltado para promover a empregabilidade entre jovens.

Philipp Navratil, que trabalha na Nestlé desde 2001, assumiu a presidência global após a saída de Freixe. Navratil tem experiência em auditoria interna, liderança de operações na América Latina e coordenação de marcas como Nescafé, Starbucks e Nespresso. Em janeiro de 2025, tornou-se membro do conselho executivo e agora lidera a companhia. Em seu primeiro pronunciamento, declarou estar “honrado” e comprometido a impulsionar o crescimento da Nestlé.

A empresa comunicou que a decisão pela demissão do ex-CEO seguiu a política interna que veda relacionamentos entre superiores e subordinados diretos, com o objetivo de evitar conflitos de interesse e preservar a integridade da governança corporativa. O presidente do conselho destacou a importância dos valores institucionais e agradeceu a Freixe pelos anos de serviço.

No Brasil, a legislação trabalhista (CLT) não regula diretamente relacionamentos amorosos entre funcionários. A Constituição protege a intimidade e a vida privada, restringindo o poder das empresas para interferir nesses assuntos. No entanto, muitas organizações adotam códigos de ética que proíbem relações entre chefes e subordinados ou recomendam discrição no ambiente profissional para evitar problemas de favoritismo e impacto na produtividade.

Especialistas apontam que impedir pessoas de se relacionar configura violação de direitos fundamentais. É possível, entretanto, estabelecer normas sobre conduta para preservar o funcionamento da empresa. A imposição de regras além do espaço corporativo pode ser considerada invasão de privacidade.

O caso na Nestlé reacende a discussão sobre o limite entre vida pessoal e profissional e a aplicação das políticas internas nas grandes corporações. O episódio destaca a importância da transparência e da governança para evitar conflitos e garantir o cumprimento das normas de ética em ambientes empresariais.

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Fonte: g1.globo.com

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Fonte: g1.globo.com

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