O músico mineiro Célio Balona Passos morreu na

O músico mineiro Célio Balona Passos morreu na quinta-feira (4), em Belo Horizonte, aos 86 anos, vítima de infarto. Balona foi acordeonista, pianista e vibrafonista, e figura importante na história da música de Belo Horizonte, tendo atuado no início das carreiras de Milton Nascimento e Wagner Tiso.

Célio Balona fundou seu conjunto musical em 1960, tempos em que Milton Nascimento e Wagner Tiso integraram o grupo durante cerca de dois anos. A relação profissional entre eles remonta ao início da década de 1960, quando Milton se mudou para Belo Horizonte e foi contratado por Balona como crooner do conjunto.

A aproximação entre Balona e Milton Nascimento ocorreu por intermédio do compositor Pacífico Mascarenhas, que recomendou Milton ao músico após vê-lo se apresentar em um bar do Edifício Maletta, ponto boêmio da capital mineira. Posteriormente, Wagner Tiso foi incorporado ao grupo como pianista.

Apesar de terem seguido para o Rio de Janeiro para consolidar suas carreiras, Milton e Wagner mantiveram conexões com Belo Horizonte e com Balona. Este, por sua vez, fez algumas tentativas de carreira no Rio, mas retornava frequentemente à capital mineira, onde construiu sua trajetória.

O conjunto de Célio Balona lançou álbuns importantes na década de 1960, como “Música 18 kilates” (1962), “Balona é o sucesso” (1963), “Em ritmo de amar” (1966) e “Balona espetacular” (1967). Embora Milton Nascimento e Wagner Tiso não apareçam diretamente nesses registros, a obra de Balona guarda relação com os primeiros passos desses artistas na música popular brasileira.

A morte de Célio Balona reacende a memória do cenário musical de Belo Horizonte nos anos 1960 e destaca seu papel na formação de dois nomes que se tornariam referências da MPB. Seu legado é marcado pela participação ativa na cultura musical local e a influência na carreira de artistas posteriormente consagrados.

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Fonte: g1.globo.com