O Tribunal do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou nesta sexta-feira (5) o acordo de incorporação da BRF pela Marfrig, sem impor restrições. A união das duas empresas cria a MBRF, uma das maiores companhias de alimentos do mundo, com receita anual estimada em R$ 152 bilhões.
A BRF é referência na produção de carnes de frango e suína, além de alimentos processados. Já a Marfrig atua no setor de carnes bovinas. A operação reunirá marcas consolidadas como Sadia, Perdigão e Bassi, ampliando a presença internacional para 117 países e consolidando uma produção anual estimada em 8 milhões de toneladas.
O acordo prevê que a incorporação será finalizada ainda em setembro, conforme informaram as companhias. A nova empresa terá o potencial de aumentar a competição no mercado de proteína animal, especialmente frente à JBS, maior produtora global do setor.
A Marfrig já detinha participação majoritária na BRF e passará a controlar 100% das ações da empresa. Os acionistas da BRF receberão papéis da Marfrig como parte da transação. Segundo as empresas, o Cade confirmou que as duas já pertenciam ao mesmo grupo econômico, eliminando riscos concorrenciais significativos.
Analistas ressaltam que a conclusão da fusão deve impactar a organização e as estratégias das empresas no mercado nacional e internacional, ampliando o alcance dos produtos e otimizando a cadeia produtiva. A nova companhia deverá reforçar sua atuação em variados segmentos da indústria alimentícia.
Em um momento de mudanças no comércio global, incluindo tarifas impostas por outros países, a criação da MBRF indica uma movimentação relevante do setor brasileiro de alimentos, buscando maior escala e eficiência. O fortalecimento da empresa pode contribuir para a competitividade do Brasil no mercado internacional de proteínas.
A aprovação pelo Cade marca uma etapa decisiva na consolidação do setor, que enfrenta desafios como variações cambiais e alterações nas políticas comerciais globais. O mercado acompanhará a evolução da MBRF e os efeitos da fusão sobre a dinâmica concorrencial nacional e mundial.
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Fonte: g1.globo.com
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