O Banco de Brasília (BRB) afirmou na noite de sexta-feira

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O Banco de Brasília (BRB) afirmou na noite de sexta-feira (5) que só definirá os próximos passos da compra do Banco Master após ter acesso integral à decisão do Banco Central (BC) que rejeitou a operação. A instituição aguarda o processo completo para analisar tecnicamente a decisão da autoridade monetária.

Em comunicado ao mercado, o BRB destacou que ainda não teve acesso aos autos que fundamentaram a negativa do BC, apesar de ter solicitado a íntegra da decisão desde terça-feira (3). A compra do Banco Master, anunciada em março, prevê a aquisição de 49% das ações ordinárias, 100% das preferenciais e 58% do capital total do Master.

A autorização do BC seria o último requisito para concluir o acordo, após aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em junho. O negócio já passou por aprovação legislativa no Distrito Federal, sancionada pelo governador Ibaneis Rocha em agosto, conforme determinação da Justiça após questionamentos do Ministério Público local.

O Banco Master tem adotado uma estratégia de captação considerada de alto risco, oferecendo CDBs com taxas superiores às do mercado, garantidos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Esse modelo levou o Banco Central e o Conselho Monetário Nacional (CMN) a aprovarem novas regras, que entrarão em vigor em junho de 2026, para mitigar riscos associados a operações financeiras excessivamente alavancadas.

A decisão do BC de rejeitar a compra do Banco Master ocorreu após mais de cinco meses de análise, embora a autoridade tivesse até quase um ano para concluir a avaliação. Segundo análises de especialistas, fatores políticos podem estar envolvidos, uma vez que o dono do Banco Master tem relação próxima com líderes do Centrão, que recentemente pressionaram o BC por meio de um projeto de lei para alterar a estrutura da autoridade monetária.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, manifestou preocupação com esse projeto, afirmando que não houve diálogo prévio com o governo ou o BC e defendendo a autonomia da instituição, sem transformá-la em pessoa jurídica de direito privado.

O Banco Master e o BRB aguardam o acesso à decisão integral do BC para avaliar as alternativas possíveis. Até a publicação desta reportagem, o Banco Central não havia divulgado comentários oficiais sobre a recusa à operação.

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Fonte: g1.globo.com

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Fonte: g1.globo.com

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