Em agosto, o Brasil registrou um déficit comercial

Em agosto, o Brasil registrou um déficit comercial de US$ 1,23 bilhão nas transações com os Estados Unidos, resultado do maior intervalo consecutivo de saldo negativo entre os dois países. Os dados oficiais divulgados nesta quinta-feira (4) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) mostram queda de 18,5% nas exportações brasileiras ao mercado norte-americano e alta de 4,6% nas importações.

As exportações brasileiras aos EUA somaram US$ 2,76 bilhões em agosto, ante US$ 3,39 bilhões em igual mês de 2023. Já as importações de produtos americanos totalizaram US$ 3,99 bilhões, superando as vendas brasileiras ao país. Essa diferença explica o déficit comercial verificado desde janeiro, que atingiu US$ 3,48 bilhões até agosto, um aumento de 370% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o rombo foi de US$ 745 milhões.

Este é o oitavo mês consecutivo de saldo negativo para o Brasil nas trocas comerciais com os Estados Unidos, o que não ocorria desde dezembro do ano passado, quando houve superávit de US$ 468 milhões. Segundo os dados, o déficit acumulado em transações comerciais com o mercado americano persiste desde 2009, totalizando US$ 88,61 bilhões no período.

Analistas econômicos apontam que a manutenção do chamado “tarifaço” aplicado pelo governo de Donald Trump tem impactado negativamente as exportações brasileiras ao país. O aumento das barreiras tarifárias eleva o custo dos produtos brasileiros para o consumidor norte-americano, reduzindo a competitividade e levando à queda nas vendas externas.

O resultado negativo contribui para o desequilíbrio na balança comercial do Brasil, ao mesmo tempo em que amplia a dependência de produtos importados dos Estados Unidos. A expectativa de especialistas é que, sem ajustes nas políticas tarifárias e comerciais, o déficit continue crescendo nos próximos meses.

Além do impacto direto no comércio bilateral, o déficit acentuado em 2024 levanta questões sobre a necessidade de diversificação dos parceiros comerciais do Brasil e de estímulos à competitividade dos produtos nacionais no exterior. Medidas voltadas à ampliação de acordos comerciais e à redução das barreiras tarifárias são apontadas como estratégias para reverter essa tendência.

De janeiro a agosto, o volume financeiro das importações brasileiras dos EUA superou consistentemente o das exportações ao país, reforçando o déficit. O cenário mostra a importância de políticas comerciais que considerem tanto a proteção do mercado interno quanto a abertura para países estratégicos.

Em suma, o descompasso entre exportações e importações com os Estados Unidos em 2024 reflete o impacto das medidas tarifárias e evidencia desafios para a economia brasileira no equilíbrio de sua balança comercial e no fortalecimento de suas relações econômicas internacionais.

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Fonte: g1.globo.com


Fonte: g1.globo.com

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