Dólar sobe em 0,13 nesta quinta

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O dólar abriu em alta nesta quinta-feira (4) em meio à expectativa pela divulgação de dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos, que podem influenciar a política de juros do país. Às 9h10, a moeda era cotada a R$ 5,459, avanço de 0,13%.

Os investidores aguardam informações sobre as vagas de emprego nos EUA, indicadores que podem antecipar um corte na taxa de juros pelo Federal Reserve. No Brasil, o foco está na divulgação da balança comercial de agosto, enquanto o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro entra em seu terceiro dia na próxima semana.

A produção industrial brasileira recuou 0,2% em julho na comparação com o mês anterior, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado reflete o impacto da política monetária restritiva e da guerra comercial entre Brasil e Estados Unidos, que aplicou tarifas de 50% sobre produtos brasileiros em agosto. Na base anual, a indústria cresceu 0,2%, mas permanece 15,3% abaixo do nível recorde de maio de 2011.

O desempenho da indústria reforça a expectativa de que o Banco Central mantenha a taxa Selic em 15% na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) deste mês. Analistas apontam para a possibilidade do início do ciclo de corte de juros a partir do início de 2026, dependendo dos dados futuros de inflação e atividade econômica.

Nos Estados Unidos, o relatório Jolts, divulgado pelo Departamento do Trabalho, apontou queda de 176 mil vagas disponíveis em julho, totalizando 7,181 milhões, abaixo da expectativa de 7,378 milhões. O resultado fortaleceu apostas de um corte de juros já em setembro, com a probabilidade subindo para 95,6%, segundo o FedWatch do CME Group.

A pesquisa Reuters projeta a criação de 75 mil vagas no setor não agrícola em agosto, após apenas 3 mil em julho. A taxa de desemprego deve subir de 4,2% para 4,3%. Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, indicou recentemente que, apesar dos riscos crescentes ao mercado de trabalho, a inflação continua como preocupação central.

Nos mercados acionários globais, os índices dos Estados Unidos fecharam mistos. Nasdaq e S&P 500 avançaram, impulsionados por ações da Alphabet, após decisão judicial contrária à cisão da controladora do Google, e pelo otimismo com o possível corte de juros. O Dow Jones terminou em queda.

Na Europa, as bolsas fecharam em alta, recuperando perdas anteriores. O Stoxx 600 subiu 0,65%, DAX avançou 0,80%, FTSE 100 subiu 0,67%, CAC 40 avançou 0,86%, e FTSE MIB registrou alta de 0,14%. O movimento reflete alívio em relação a preocupações fiscais e incertezas sobre tarifas comerciais dos EUA.

As bolsas da Ásia tiveram desempenho variado. Em Xangai, o índice caiu 1,16%, com as ações do setor de defesa pressionadas após desfile militar. O CSI300 recuou 0,68%, Hang Seng caiu 0,60%, e Nikkei fechou com queda de 0,88%. Por outro lado, houve alta em Seul (0,38%) e Taiwan (0,35%).

O volume de movimentação no câmbio e os indicadores econômicos refletiram a combinação de incertezas globais e dados locais que influenciam as estratégias dos investidores.

Palavras-chave: dólar, mercado de trabalho EUA, taxa de juros, política monetária, produção industrial Brasil, Banco Central, Selic, guerra comercial, Federal Reserve, inflação, balanço comercial, bolsa de valores, Ibovespa, Jovens, Jolts, mercado financeiro.

Fonte: g1.globo.com

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Fonte: g1.globo.com

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