O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), defendeu nesta quarta-feira (3) a tramitação da reforma administrativa, destacando que o tema será prioridade do Legislativo em 2025 para buscar um Estado mais ágil e eficiente. Durante sessão de debates sobre a modernização do serviço público na Câmara, Motta enfatizou a importância da reforma para evitar o repasse de custos ao cidadão.
Motta afirmou que a proposta visa construir um Estado menos oneroso e mais conectado à realidade dos brasileiros, sem perder o foco na responsabilidade fiscal. Ele ressaltou que a reforma não deve representar perda de direitos adquiridos pelos servidores públicos e admitiu que a matéria não terá unanimidade na Casa, dado seu impacto em diferentes interesses.
O presidente da Câmara lembrou a criação, em maio, de um grupo de trabalho composto por 18 deputados para consolidar propostas de reforma administrativa. O deputado Pedro Paulo (PSD-RJ) foi escolhido como coordenador desse grupo, atuando também como relator.
Pedro Paulo tem realizado reuniões com representantes do funcionalismo e do governo federal para subsidiar seu relatório, que ainda não foi apresentado. Ele adiantou que o texto final deve conter três eixos e incluirá um mecanismo para revisão anual dos gastos públicos, bem como medidas para combater os chamados “penduricalhos”, benefícios e auxílios concedidos a servidores, como o auxílio-moradia.
O deputado indicou a intenção de retomar projeto aprovado pelo Senado em 2018, de autoria do ex-senador José Serra (PSDB-SP), que prevê a obrigação do Poder Público de enviar relatórios anuais ao Congresso com avaliações detalhadas de programas e subsídios, alinhados a projeções e impactos fiscais. Este modelo se inspira no sistema de “spending review” usado por países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Pedro Paulo destacou ainda que a proposta deverá apresentar sugestões distribuídas em diversas categorias legislativas, como Propostas de Emenda à Constituição (PEC), projetos de lei complementar e projetos de lei ordinária. Ele classificou a revisão das verbas indenizatórias como uma das partes mais complexas do debate, citando que há necessidades de ajustes não apenas no Executivo, mas também no Legislativo e no Judiciário.
A reforma administrativa tem como objetivo modernizar o funcionamento do Estado, aumentar a eficiência do serviço público e reduzir privilégios, segundo membros do grupo de trabalho. Ainda que o processo enfrente resistências e divergências, Motta afirmou que o papel da Câmara é buscar consensos que fortaleçam as instituições democráticas e atendam ao interesse público.
O debate deve seguir no Legislativo ao longo deste ano, com expectativa de que a proposta avance em 2025. A tramitação poderá impactar diretamente a forma de gestão de recursos públicos e a estrutura dos serviços públicos federais.
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Fonte: g1.globo.com
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