Economia

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta

  • Publishedsetembro 3, 2025

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), defendeu nesta quarta-feira (3) a necessidade de avançar na análise da reforma administrativa durante sessão de debates realizada no Congresso Nacional. O objetivo é modernizar o Estado brasileiro e combater problemas fiscais por meio de uma proposta que deve ser prioridade da Casa em 2025.

Motta afirmou que a reforma busca construir um Estado mais ágil, menos oneroso e próximo da realidade dos cidadãos, sem descuidar da responsabilidade fiscal. Ele ressaltou que a matéria é complexa e não deve alcançar unanimidade entre os parlamentares, mas destacou o papel da Câmara em buscar consensos baseados no interesse público e no fortalecimento das instituições democráticas.

Em maio, o presidente da Câmara instalou um grupo de trabalho formado por 18 deputados para discutir a reforma administrativa. O deputado Pedro Paulo (PSD-RJ) foi escolhido coordenador do grupo, exercendo uma função de relator para consolidar as propostas do colegiado. Ele mantém reuniões com membros do funcionalismo público e representantes do governo federal para embasar o relatório.

Pedro Paulo informou que, apesar de ainda não ter apresentado o parecer final, a proposta deve ser estruturada em três eixos e dividida em diferentes tipos de projetos legislativos, como Proposta de Emenda à Constituição (PEC), projeto de lei complementar e projeto de lei ordinária. Uma das medidas antecipadas inclui a criação de um mecanismo obrigatório de revisão anual dos gastos públicos.

O coordenador do grupo de trabalho planeja reapresentar uma proposta similar ao projeto aprovado pelo Senado em 2018, baseado no modelo chamado “spending review”, adotado por países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). De acordo com essa proposta, o governo enviaria anualmente ao Congresso um relatório detalhado com avaliações de programas, subsídios e outras despesas do Executivo, juntamente com o impacto fiscal e projeções para auxiliar na análise orçamentária.

Pedro Paulo também indicou que a reforma contemplará a revisão das chamadas verbas indenizatórias, popularmente conhecidas como “penduricalhos”, que incluem benefícios como o auxílio-moradia para servidores públicos. Ele reconheceu a dificuldade de avançar nesse ponto devido à presença desses benefícios em todos os poderes, mas destacou a necessidade de correções, inclusive no Poder Judiciário.

Durante a sessão, Hugo Motta enfatizou que a proposta não incluirá a retirada de direitos adquiridos por servidores públicos. Ele reforçou que a reforma é fundamental para evitar a continuidade do “repasse da pesada conta” ao cidadão, resultante das falhas no funcionamento do Estado.

O grupo de trabalho deverá apresentar a proposta consolidada para votação em 2025, considerando as diferentes matérias legais envolvidas. A expectativa é que a reforma promova a modernização, amplie a eficiência do setor público e contribua para a responsabilidade fiscal, sem prejudicar os direitos já assegurados aos servidores.

Palavras-chave relacionadas: reforma administrativa, Câmara dos Deputados, Hugo Motta, Pedro Paulo, revisão anual de gastos, penduricalhos, funcionalismo público, PEC, gasto público, responsabilidade fiscal, modernização do Estado, spending review, subsídios públicos, direitos dos servidores.

Fonte: g1.globo.com

Imagem: s2-g1.glbimg.com


Fonte: g1.globo.com

Written By
Caio Marcio

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