O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (3) que vê com preocupação o projeto do Congresso Nacional que transfere ao Legislativo o poder para demitir diretores do Banco Central. A proposta pode alterar a estrutura de autonomia da autarquia responsável pelo controle da inflação no Brasil.

Haddad destacou que a independência do Banco Central é fundamental para a estabilidade econômica e para a condução das políticas monetárias. Ele ressaltou que o controle da inflação depende de decisões técnicas e que interferências políticas podem comprometer esse processo.

O projeto em análise prevê que o Congresso tenha autoridade para afastar diretores do Banco Central, medida que anteriormente estava restrita ao presidente da República, conforme regulamentações vigentes. A mudança é vista por alguns parlamentares como forma de aumentar a fiscalização e o controle sobre a instituição.

Especialistas econômicos alertam que a autonomia do Banco Central contribui para a credibilidade das políticas econômicas e para a manutenção da confiança dos investidores. A interferência política, segundo eles, pode causar incertezas nos mercados financeiros.

O Congresso Nacional ainda discutirá o texto nas próximas semanas, com audiências públicas e debates entre parlamentares e representantes do governo e do setor econômico. A votação final pode influenciar a forma como o Banco Central atua na definição das taxas de juros e no controle da inflação.

A aprovação do projeto pode representar uma mudança significativa no funcionamento do Banco Central, cuja independência foi reforçada em outras reformas recentes para garantir a estabilidade econômica. O impacto dessa alteração ainda está sendo avaliado por autoridades e especialistas.

Até o momento, o governo federal não divulgou uma posição oficial além das declarações de Haddad. A tramitação da proposta deve seguir o rito legislativo habitual, com possível encaminhamento para comissões técnicas e, depois, votação no plenário.

A discussão ocorre em um momento de atenção do mercado para as decisões do Banco Central, que enfrenta o desafio de manter a inflação dentro das metas estabelecidas, em um cenário de pressões econômicas internas e externas.

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Fonte: g1.globo.com