O dólar abriu a sessão desta quarta-feira (3) com foco

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O dólar abriu a sessão desta quarta-feira (3) com foco nos dados econômicos dos Estados Unidos e no segundo dia do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília. O mercado financeiro brasileiro também acompanhou a abertura do Ibovespa às 10h, em meio a preocupações relacionadas ao caso.

Na véspera, a Primeira Turma do STF iniciou a análise da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Bolsonaro e outros sete réus, acusados de tentativa de golpe de Estado em 2022. Além do ex-presidente, respondem no processo ex-ministros e ex-integrantes das Forças Armadas e da Agência Brasileira de Inteligência.

O julgamento tem repercussão direta no mercado, especialmente no setor bancário, devido ao risco de sanções previstas na Lei Magnitsky por parte do governo dos Estados Unidos. Esse receio causou queda em grande parte das ações de bancos brasileiros na terça-feira e contribuiu para a volatilidade do dólar.

Entre as instituições financeiras, os papéis do BTG Pactual foram os únicos a fechar em alta, enquanto Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Santander registraram perdas. O dólar, por sua vez, acumulava alta de 0,96% no início da semana, impulsionado também por fatores externos, como a alta do índice dólar (DXY) em meio a preocupações fiscais em países europeus.

No âmbito externo, os principais índices dos Estados Unidos fecharam em queda na terça-feira, pressionados por incertezas sobre a legalidade de tarifas impostas pelo governo Trump e pela aguardada divulgação de dados econômicos. Na Europa, a instabilidade fiscal em países como França, Reino Unido e Alemanha elevou os juros e influenciou o desempenho negativo dos mercados.

Na Ásia, os mercados tiveram movimentos mistos, com quedas em índices chineses e de Hong Kong, motivadas por realização de lucros em ações de tecnologia, enquanto o índice Nikkei, no Japão, registrou leve alta.

No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta terça dados do Produto Interno Bruto (PIB), que cresceu 0,4% no segundo trimestre de 2025. Esse resultado manteve uma sequência de 16 trimestres consecutivos de crescimento, alcançando o maior nível da série histórica, iniciada em 1996.

Apesar do avanço, o desempenho mostrou desaceleração em relação ao primeiro trimestre, que registrou crescimento de 1,3%. O setor de serviços e o consumo das famílias apresentaram alta, enquanto a agropecuária teve leve retração. Investimentos e consumo do governo diminuíram no período.

Especialistas apontam que a desaceleração está associada à sazonalidade na agropecuária e ao impacto da política monetária com juros elevados. A manutenção da taxa básica de juros em patamares altos tem limitado o ritmo de crescimento econômico.

Em meio ao cenário doméstico e internacional, o mercado brasileiro permanece atento aos desdobramentos do julgamento de Jair Bolsonaro, que podem influenciar o clima de investimentos e a valorização do dólar. A expectativa é que, ao longo do dia, as defesas dos réus sejam apresentadas na Primeira Turma do STF.

O arrocho nas taxas de juros, combinado às incertezas políticas e externas, contribui para a volatilidade nos ativos financeiros. A reação do mercado à decisão judicial e aos indicadores americanos poderá orientar novas tendências na cotação do dólar e nos índices acionários.

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Fonte: g1.globo.com

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Fonte: g1.globo.com

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