O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 0,4% entre o primeiro e o segundo trimestre de 2025, mas dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (2) indicam uma perda de ritmo da economia no período, mesmo com alta anual de 2,2%. Economistas esperavam essa desaceleração diante de fatores internos e externos.
O setor agropecuário caiu 0,1% no segundo trimestre, após ter impulsionado o crescimento no início do ano. Segundo o economista Leonardo Costa, do ASA, esse recuo está ligado ao fim do impacto das safras recordes de milho e soja. A agropecuária deixou de ser um motor importante no PIB do período.
Os investimentos apresentaram queda de 2,2%, pressionando o crescimento econômico. Esse recuo indica menor aplicação de capital, o que pode refletir incertezas no mercado ou redução da capacidade produtiva.
O consumo do governo caiu 0,6%, reduzindo o apoio fiscal que vinha sustentando a economia nos anos anteriores. A diminuição nos gastos públicos limita o estímulo interno à atividade econômica.
Setores mais sensíveis a mudanças na política monetária, como construção civil, indústria de transformação e parte do comércio, também desaceleraram. Segundo o economista Maykon Douglas, “a parte mais cíclica do PIB caiu de 0,14% para 0,07%”, um reflexo direto do aumento das taxas de juros.
Apesar da perda de ritmo, indústria e serviços registraram crescimento no segundo trimestre. O setor de serviços avançou 0,6%, com alta em quase todos os seus componentes. A indústria cresceu 0,5%, impulsionada principalmente pelo desempenho do setor extrativo, que cresceu 5,4%.
O consumo das famílias manteve-se resiliente, com alta de 0,5%. Esse resultado foi sustentado pela massa salarial robusta, que contribui para a manutenção da demanda interna.
Para os próximos meses, os economistas projetam uma desaceleração gradual da economia, mas com suporte de fatores pontuais, como a liberação de precatórios e os efeitos do novo crédito consignado privado. A expectativa consolidada é que o PIB brasileiro cresça cerca de 2,2% em 2025.
O relatório do IBGE mostra que, mesmo diante do crescimento, a economia brasileira enfrenta desafios que influenciam seu ritmo de expansão. A queda em investimentos e gastos públicos, somada ao enfraquecimento de setores cíclicos, são sinais claros da moderação observada no segundo trimestre.
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Fonte: g1.globo.com
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