Investidores reagem ao boletim focus com redução da estimati

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O dólar abriu o dia 1º com os investidores reagindo às projeções econômicas divulgadas pelo Boletim Focus, que apontou nova queda na estimativa de inflação para o Brasil em 2025, pela décima quarta semana consecutiva. A atenção do mercado ficou ainda mais concentrada no cenário interno devido ao feriado do Dia do Trabalho nos Estados Unidos, que interrompe as negociações em Wall Street.

O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, iniciou suas negociações às 10h, mostrando avanço em meio à redução das expectativas inflacionárias. O volume de negociações no Brasil tem sido afetado pela pausa das bolsas americanas, uma vez que os mercados financeiros são interligados e a ausência dos investidores norte-americanos reduz a liquidez.

Além da relação com as projeções nacionais, o mercado acompanha o início do processo pelo governo brasileiro para aplicação da Lei de Reciprocidade Econômica contra os Estados Unidos. A medida foi motivada pela imposição de tarifas elevadas americanas sobre produtos brasileiros, e a Câmara de Comércio Exterior (Camex) tem 30 dias para avaliar a aplicação da lei.

Nos Estados Unidos, o foco também está na decisão judicial envolvendo o presidente Donald Trump e a diretora do Federal Reserve, Lisa Cook. Uma juíza federal iniciou na última sexta-feira audiência que analisou o pedido emergencial de Cook para suspender sua demissão. O processo discute se a saída se deu dentro dos critérios legais previstos para governadores do banco central americano.

Na economia americana, os dados recentes mostraram que os gastos dos consumidores cresceram 0,5% em julho, sinalizando resiliência apesar do aperto monetário. O índice de preços ao consumidor (PCE), que influencia as decisões do Federal Reserve sobre juros, subiu 0,2% em julho, com a inflação acumulada em 12 meses atingindo 2,6%. O núcleo da inflação, que exclui alimentos e energia, avançou 0,3% no mês, chegando a 2,9% em um ano.

Analistas indicam que a economia dos EUA pode prolongar o período de juros elevados, apesar da expectativa de cortes que podem começar em setembro, o que pressiona o valor do dólar frente a moedas de mercados emergentes, como o real.

Em relação ao câmbio, o dólar acumula queda de 0,07% na semana e 3,19% no mês, enquanto o Ibovespa registra alta de 2,5% na semana e 6,28% no mês, refletindo o movimento dos investidores que buscam ativos brasileiros em meio às perspectivas econômicas.

No cenário internacional, os principais índices acionários em Wall Street registraram quedas na última sexta-feira, influenciados pelos receios sobre o impacto das tarifas sobre os preços consumidores. O Dow Jones caiu 0,20%, o S&P 500 recuou 0,64% e o Nasdaq Composite perdeu 1,15%.

As bolsas europeias também fecharam em baixa, afetadas por preocupações sobre políticas fiscais no Reino Unido e outras economias da região. O índice pan-europeu STOXX 600 recuou 0,55%, o DAX alemão perdeu 0,57%, e o FTSE 100 do Reino Unido caiu 0,32%.

Na Ásia, a situação foi mista. Os mercados chineses mantiveram ganhos, com o CSI300 registrando seu melhor desempenho mensal desde setembro de 2024. Já a Bolsa de Tóquio e outras praças importantes fecharam em queda. O Hang Seng de Hong Kong subiu 0,32%, enquanto o Nikkei caiu 0,26%.

A combinação dos dados econômicos internos, as movimentações judiciais nos EUA e as tensões comerciais influenciam o comportamento do mercado financeiro global, condicionando a posição do dólar e a dinâmica das bolsas de valores, incluindo o Ibovespa.

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Fonte: g1.globo.com

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Fonte: g1.globo.com

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