O escritor e cronista Luis Fernando Verissimo, conhecido

O escritor e cronista Luis Fernando Verissimo, conhecido nacionalmente por suas crônicas de humor e personagens como o Analista de Bagé e a Velhinha de Taubaté, morreu aos 88 anos neste sábado (30/8), em Porto Alegre (RS). Sua trajetória se destacou não apenas pela produção literária, mas também pela generosidade com jovens artistas e múltiplas facetas artísticas.
Verissimo nasceu em 26 de setembro de 1936, em Porto Alegre, filho do também escritor Érico Verissimo. Embora tenha crescido em um ambiente literário, começou sua carreira na imprensa aos 31 anos, atuando como colunista no jornal Zero Hora em 1969. A forte influência do pai o aproximou do jornalismo e da atividade editorial.
Sua obra abrangeu crônicas, tiras, roteiros para televisão, cinema e teatro, ultrapassando as categorias tradicionais da literatura. Além do humor, destacou-se como desenhista e músico. O escritor também era torcedor fervoroso do Sport Club Internacional, o time do coração desde a infância.
Verissimo cultivou uma relação afetiva, porém complicada, com o pai. Em suas memórias, Érico mencionou dificuldades para se comunicar de forma mais aberta com o filho, que mantinha uma personalidade reservada. Amigos próximos, como o publicitário Fraga, ressaltam a generosidade e a sinceridade lacônica do escritor.
Entre suas contribuições artísticas, esteve a criação de personagens que marcaram o humor brasileiro, como a Velhinha de Taubaté e o detetive Ed Mort, além da colaboração em veículos como a Folha da Manhã, Jornal do Brasil e Zero Hora. Ele publicou mais de 70 livros e vendeu cerca de 5,6 milhões de cópias.
Luis Fernando também foi saxofonista amador e integrou bandas de jazz, como a Jazz 6, tendo cultivado especialmente o gênero bebop. A paixão pela música acompanhou sua vida desde a adolescência e se refletiu em encontros regulares com músicos e artistas gaúchos.
Generoso, atendia a pedidos frequentes de entrevistas, prefácios e declarações, incentivando autores emergentes e colegas. O escritor e jornalista Roberto Jardim, por exemplo, recebeu de Verissimo uma dedicatória e um texto para seu livro, mesmo após muitos anos de sua primeira entrevista.
O vínculo com o futebol fazia parte de seu cotidiano familiar, recebendo jogadores e dirigentes em sua casa no bairro Petrópolis, em Porto Alegre. A relação ficou marcada pela emoção em momentos especiais, como a recitação de versos de Pablo Neruda para o zagueiro Elias Figueroa.
O velório de Luis Fernando Verissimo ocorreu no Salão Júlio de Castilhos da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. Sobre o caixão, familiares colocaram uma flâmula do Internacional com a inscrição “Campeão brasileiro”, simbolizando a conexão do escritor com o clube.
Verissimo deixou um legado diversificado, com uma produção que ultrapassa o humor e a literatura, incluindo artes gráficas, música e um histórico de apoio a jovens talentos. O escritor parou de produzir textos em 2021 devido a sequelas de um acidente vascular cerebral.
Sua contribuição à cultura brasileira e gaúcha permanece viva por meio da vasta obra publicada e das inúmeras histórias compartilhadas por familiares, amigos e admiradores.
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Fonte: g1.globo.com
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