Guillermo del Toro apresentou sua versão de Frankenstein

Guillermo del Toro apresentou sua versão de Frankenstein na 82ª edição do Festival de Cinema de Veneza, onde o filme foi recebido com uma ovação de 13 minutos do público. Produzido em parceria com a Netflix, o longa estreia nos cinemas brasileiros em outubro e chega ao catálogo da plataforma em novembro.
O diretor mexicano trabalha no projeto há décadas e definiu o longa como uma prioridade criativa. Para ele, o filme precisava ser feito nas condições certas, com escopo e escala capazes de reconstruir o universo da obra original. Del Toro destacou que sua abordagem priorizou cenários reais e a redução do uso de computação gráfica, para garantir interpretações mais autênticas dos atores.
A trama, dividida em três partes, mistura um prelúdio e duas versões dos eventos narrados pelos pontos de vista de Victor Frankenstein, interpretado por Oscar Isaac, e da criatura, representada por Jacob Elordi. O roteiro explora desde a infância do cientista até as consequências do experimento, convidando o público a compreender também a experiência da criatura, vítima de maus-tratos por parte do criador.
A escala do filme permite o desenvolvimento aprofundado dos personagens ao longo de quase duas horas e meia de duração. Críticos destacaram que o tempo do longa é compatível com seu universo complexo, embora algumas avaliações tenham sido menos favoráveis, citando falta de energia e excesso de espetáculo. Outros elogiaram o trabalho como uma das melhores obras de del Toro, ressaltando a qualidade artística e narrativa.
O elenco conta ainda com Christoph Waltz e Mia Goth, esta última no papel de Elizabeth, esposa de Frankenstein que mantém uma relação conflituosa com o cientista e desenvolve empatia pela criatura. Inicialmente, Andrew Garfield estava escalado para interpretar o monstro, mas precisou deixar o projeto devido à greve dos atores. Jacob Elordi entrou em cima da hora, com poucos dias para preparação.
Del Toro, conhecido por sua obra marcada por elementos fantásticos e humanização de monstros, afirmou que sua versão busca dar uma nova vida à criatura, valorizando sua beleza e complexidade. O cineasta comparou o uso limitado de efeitos digitais a uma escolha entre “colírio e proteína para os olhos”, argumentando que filmes devem combinar espetáculo visual com profundidade emocional.
Embora temas contemporâneos como inteligência artificial venham a ser mencionados por críticos, o diretor negou que o filme tenha a intenção de servir como metáfora para essas questões. Para ele, a obra questiona a natureza humana e a importância de aceitar a diversidade e imperfeição das pessoas, especialmente em tempos marcados por polarizações.
Após anos de trabalho, del Toro afirmou sentir uma espécie de “depressão pós-parto” com o fim da produção. A recepção calorosa no Festival de Veneza indica que a obra poderá despertar reações intensas no público global quando for lançada comercialmente.
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Fonte: g1.globo.com
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