O corpo do escritor Luis Fernando Verissimo foi

O corpo do escritor Luis Fernando Verissimo foi sepultado às 18h deste sábado (30) no Cemitério São Miguel e Almas, em Porto Alegre, após velório realizado na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. A cerimônia de despedida reuniu familiares e admiradores e teve restrição à presença durante o sepultamento para os familiares.
O velório foi aberto ao público e ocorreu no Salão Júlio de Castilhos, na Assembleia Legislativa, a partir das 11h30, com a participação de amigos, familiares e leitores. A solenidade durou cerca de cinco horas, encerrando-se próximo às 16h45.
Luis Fernando Verissimo morreu por volta de 0h40 na noite anterior, no Hospital Moinhos de Vento, em decorrência de complicações provocadas por pneumonia. Ele estava internado desde 11 de maio. O escritor enfrentava também Parkinson e problemas cardíacos, tendo implantado um marcapasso em 2016 e sofrido um AVC em 2021, que dificultou suas capacidades motoras e de comunicação.
Nascido em Porto Alegre em 26 de setembro de 1936, Verissimo viveu parte da infância nos Estados Unidos, devido ao trabalho do pai, Érico Verissimo, também escritor renomado. Luis Fernando iniciou sua carreira jornalística em 1966 no jornal Zero Hora como revisor, e posteriormente atuou como tradutor no Rio de Janeiro.
Publicou o primeiro livro, “O Popular”, em 1973. Ao longo da vida, reuniu mais de 70 obras publicadas, incluindo crônicas, romances, contos e quadrinhos, com cerca de 5,6 milhões de cópias vendidas. Também escreveu colunas para jornais como “O Estado de S. Paulo”, “O Globo” e “Zero Hora”.
Além do legado literário, Verissimo marcou presença na cultura brasileira, tendo sua obra reconhecida por autoridades e personalidades. O presidente Lula manifestou pesar e destacou sua criação de personagens inesquecíveis. O vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou que Verissimo traduziu o Brasil em suas crônicas com humor e sátira.
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, decretou luto oficial de três dias no estado e ressaltou que as histórias do escritor permanecerão. O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, afirmou que Verissimo ocupa lugar reservado na cultura regional e nacional.
O clube de futebol Internacional, frequentemente citado pelo escritor, homenageou-o nas redes sociais, lembrando um trecho de sua crônica sobre a conquista do Mundial de Clubes em 2006. Escritores e amigos também prestaram homenagens. Martha Medeiros agradeceu pelo legado e criatividade de Verissimo, enquanto Cíntia Moscovich destacou a proximidade e influência do escritor na literatura.
Nas redes sociais, o cartunista Angeli expressou solidariedade à família do escritor, assim como o jornalista Arthur Dapieve, que ressaltou em entrevista que o legado de Verissimo não será esquecido.
Luis Fernando Verissimo deixa a esposa Lúcia, três filhos — Fernanda, Mariana e Pedro — e dois netos. O escritor foi sepultado ao lado da mãe de sua avó, local onde também está enterrado seu pai, Érico Verissimo.
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Fonte: g1.globo.com
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