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Após vencer o Urso de Prata no Festival de Berlim

Após vencer o Urso de Prata no Festival de Berlim
  • Publishedagosto 29, 2025

Após vencer o Urso de Prata no Festival de Berlim, o filme brasileiro “O Último Azul” estreou nos cinemas nesta quinta-feira (28) e segue na disputa por uma vaga no Oscar 2026. Dirigido por Gabriel Mascaro, o longa apresenta uma distopia ambientada na Amazônia que aborda o etarismo e faz críticas ao sistema capitalista.

A trama acompanha Tereza, uma mulher de 77 anos que trabalha como faxineira em uma indústria frigorífica de jacarés na região amazônica. Ela leva uma rotina tranquila até ser convocada para uma colônia habitacional destinada a idosos com mais de 75 anos, medida criada pelo governo para exilar idosos e “limpar” a população ativa.

Diante da mudança na lei que reduz a idade mínima para o exílio, Tereza resolve realizar seu sonho de voar de avião antes que seja isolada. Sua jornada é marcada pelo encontro com o caracol baba-azul, uma criatura que libera uma gosma azulada neon, considerada capaz de revelar o futuro ao ser colocada nos olhos.

O diretor Gabriel Mascaro explica que a obra explora a dualidade da Amazônia como um local de produção econômica e também de encantamento. Ele afirma que o filme possui uma visão focada na pulsão da vida e utiliza um tom lírico e pop para dialogar com o público brasileiro.

Denise Weinberg interpreta Tereza e ressalta que o filme não retrata a velhice como fim, mas sim como um estágio ainda cheio de desejos e potencial. A atriz critica a forma como idosos são acomodados socialmente e reforça que o desprezo por essa faixa etária está ligado ao sistema capitalista.

Rodrigo Santoro, que contracena com Denise no papel de um barqueiro sensível, destaca que sua personagem foge dos estereótipos comuns do protagonismo idoso no cinema, que frequentemente limita esses personagens à finitude ou à memória familiar.

O filme utiliza elementos de humor e sutileza para criticar o capitalismo, iniciando com cenas relacionadas a uma linha de produção industrial que simbolizam o sistema que o longa questiona.

Rodrigo Santoro, um dos atores brasileiros mais presentes no cinema internacional, afirma que premiações recentes refletem uma nova fase para o cinema do país, apontando para uma identidade própria e a retomada do público nacional nas salas de exibição.

O ator destaca que, além dos prêmios, a participação ativa do público é fundamental para fortalecer a indústria audiovisual brasileira e para que histórias locais sejam reconhecidas.

“O Último Azul” busca converter o orgulho gerado pelas conquistas recentes em presença efetiva do público nas salas de cinema, ampliando o espaço para produções nacionais.

O filme integra um momento de expansão do reconhecimento internacional do cinema brasileiro, ao mesmo tempo em que promove reflexões sobre temas sociais relevantes, como o envelhecimento e a desigualdade geracional.

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Fonte: g1.globo.com

Imagem: s2-g1.glbimg.com


Fonte: g1.globo.com

Written By
Vitor Souza

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