A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) manteve

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A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) manteve a bandeira vermelha patamar 2 para o mês de setembro, o que manterá o custo da conta de luz elevado em todo o país. A decisão foi divulgada nesta sexta-feira (29), devido às condições desfavoráveis dos reservatórios das usinas hidrelétricas e à necessidade do acionamento de usinas termelétricas mais caras.

Segundo a Aneel, o nível de água nos reservatórios está abaixo da média histórica, prejudicando a geração hidrelétrica, principal fonte de energia no Brasil. Por isso, é preciso recorrer mais a usinas termelétricas que demandam custos maiores, justificando a manutenção da bandeira vermelha no patamar 2 para setembro.

Essa bandeira representa um acréscimo de R$ 7,87 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Dessa forma, os consumidores enfrentarão uma tarifa mais alta nas contas de energia elétrica ao longo do próximo mês.

Além da mudança da bandeira, a Aneel projeta um reajuste médio de 6,3% nas tarifas de energia para o ano de 2025, valor superior à inflação estimada pelo mercado financeiro, que atualmente está em 5,05%. Essa previsão consta no último boletim Infotarifa divulgado pela agência.

O aumento na projeção está ligado principalmente ao orçamento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para o ano que vem, fixado em R$ 49,2 bilhões, um acréscimo de R$ 8,6 bilhões em relação ao valor inicialmente previsto. A CDE é um fundo setorial que financia ações para o desenvolvimento do setor elétrico e é abastecido principalmente por cobranças nas contas de luz, além de multas e aportes do Tesouro Nacional.

Especialistas consultados destacam que o reajuste previsto é preocupante, pois a energia elétrica tem peso relevante no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), representando aproximadamente 4% da cesta de consumo das famílias brasileiras.

O sistema de bandeiras tarifárias da Aneel indica as condições para a geração de energia, classificando-as por cores. Quando as condições meteorológicas causam queda na geração hidrelétrica, é necessária a ativação de fontes térmicas, que elevam os custos. Esses custos são repassados aos consumidores por meio das bandeiras tarifárias, que podem ser verde, amarela, vermelha patamar 1 ou vermelha patamar 2.

Cada bandeira tem um custo extra diferente para o consumidor. A bandeira verde não gera custo adicional. A bandeira amarela acrescenta R$ 1,88 a cada 100 kWh consumidos. A bandeira vermelha patamar 1 tem acréscimo de R$ 4,46 por 100 kWh, enquanto a vermelha patamar 2, atualmente vigente, representa um custo extra de R$ 7,87 para cada 100 kWh.

Com a manutenção da bandeira vermelha patamar 2, o custo da energia elétrica continuará elevado em setembro, impactando as despesas dos consumidores domésticos e comerciais em todo o país.

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Fonte: g1.globo.com

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Fonte: g1.globo.com

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