A banda Oruã, grupo carioca de rock psicodélico

A banda Oruã, grupo carioca de rock psicodélico, foi confirmada como atração do Lollapalooza 2026. O nome da banda tem pronúncia e grafia quase idênticas ao do rapper Oruam, que também já participou do festival, mas os trabalhos artísticos são diferentes.

Formada em 2017, a Oruã é liderada pelo guitarrista e produtor Lê Almeida, e inclui Phill Fernandes na bateria, João Casaes nos sintetizadores e Bigú Medine no baixo. O grupo se define como uma mistura de indie rock com influências afrojazzy, explorando psicodelia, efeitos lo-fi e afrobeat em suas músicas.

O grupo lançou quatro álbuns até o momento. Seu primeiro disco, “Sem Bênção / Sem Crença”, foi lançado em 2017. A partir de 2019, a Oruã iniciou colaborações com a banda americana Built to Spill, participando do álbum “When the Wind Forgets Your Name”.

O trabalho mais recente da Oruã é o álbum “Passe”, lançado em 2024, que rendeu uma turnê pelos Estados Unidos e a participação do grupo na rádio americana KEXP. Esse repertório deve ser o principal apresentado no show da banda durante o Lollapalooza 2026.

Entre as faixas mais conhecidas da Oruã está “Disciplina”, que aborda temas relacionados a relações interpessoais e reflexões sobre o futuro. A sonoridade do grupo difere do rap e dos gêneros musicais explorados por Oruam.

Oruam é um rapper carioca que ganhou destaque no cenário musical em 2024. Com mais de 10 milhões de ouvintes mensais no Spotify, ele mistura estilos como funk, R&B e rap. Suas letras abordam temas como ostentação, sexo e suas origens, e seus principais sucessos incluem músicas como “Diz aí qual é o plano?”, “Para de Mentir” e “Rolé na Favela”, esta última em parceria com DJ LC da Roça.

O rapper tem ligação familiar com o traficante Marcinho VP, líder da facção Comando Vermelho, que cumpre pena por associação criminosa e lavagem de dinheiro. Aos 22 anos, Oruam gerou polêmica ao usar uma camiseta pedindo liberdade para o pai durante sua apresentação no Lollapalooza 2024.

Em julho de 2024, ele foi preso após obstruir o cumprimento de um mandado contra um menor suspeito de tráfico e roubo na porta de sua casa, no bairro do Joá, no Rio de Janeiro. Acusado por tentativa de homicídio e outros crimes, Oruam se tornou réu em um inquérito policial.

O rapper afirmou, em nota publicada no Instagram, que seu pai está pagando pelos erros: “Meu pai errou, mas está pagando pelos seus erros e com sobra. Só queria que pudesse cumprir uma pena digna e saísse de cabeça erguida.” Ele declarou ainda que pretende “dar a volta por cima”.

Apesar da semelhança no nome, a banda Oruã e o rapper Oruam são projetos distintos e atuam em estilos e trajetórias diferentes dentro da música nacional. A banda prepara sua primeira apresentação no Lollapalooza 2026 com repertório focado no indie rock psicodélico, enquanto Oruam segue em meio a processos judiciais e sua carreira solo no rap.

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Fonte: g1.globo.com