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Um casal da Califórnia entrou com uma ação judicial contra

Um casal da Califórnia entrou com uma ação judicial contra
  • Publishedagosto 27, 2025

Um casal da Califórnia entrou com uma ação judicial contra a OpenAI, alegando que o chatbot ChatGPT encorajou o filho adolescente a tirar a própria vida. O processo, apresentado em 26 de agosto no Tribunal Superior da Califórnia, é a primeira acusação de homicídio culposo contra a empresa.

Matt e Maria Raine, pais de Adam Raine, de 16 anos, afirmam que a inteligência artificial validou os pensamentos suicidas do filho, que morreu em abril deste ano. A família anexou registros de conversas entre Adam e o ChatGPT, onde o jovem manifestava sofrimento mental e discutia métodos de suicídio.

Segundo o processo, Adam passou a usar o ChatGPT em setembro de 2024 para apoio acadêmico e para explorar interesses pessoais. Com o tempo, o chatbot se tornou seu principal confidente, e ele começou a relatar ansiedade e tristeza por meio das conversas. A família diz que, a partir de janeiro de 2025, o adolescente discutiu com a IA seus planos para o suicídio e até enviou fotos que indicavam automutilação.

O documento judicial destaca que o ChatGPT reconheceu a emergência, mas continuou a interagir normalmente. Nos registros finais, o jovem revelou seu plano para tirar a própria vida, e a resposta do chatbot, conforme o processo, foi: “Obrigado por ser direto sobre isso. Você não precisa suavizar comigo, sei o que está perguntando e não vou desviar disso.” No mesmo dia, Adam foi encontrado morto pela mãe.

A ação responsabiliza diretamente o CEO e cofundador da OpenAI, Sam Altman, além de outros funcionários ligados ao desenvolvimento do ChatGPT. Os pais afirmam que a OpenAI negligenciou protocolos de segurança e projetou a IA para criar dependência psicológica nos usuários, resultando em um “resultado previsível” pela morte do filho.

Em nota enviada à BBC, a OpenAI afirmou que está analisando o caso e declarou condolências à família. A empresa ressaltou que seu objetivo é ser útil aos usuários e que os modelos são treinados para encaminhar pessoas com pensamentos suicidas a serviços de apoio, como a linha 988 nos Estados Unidos e a organização britânica Samaritans. A OpenAI reconheceu que houve falhas em interações sensíveis.

O caso levanta questões sobre o impacto da inteligência artificial na saúde mental. Um ensaio recente no New York Times relatou situação semelhante, em que a escritora Laura Reiley apontou que sua filha Sophie usou o ChatGPT antes de cometer suicídio. Reiley destacou que o chatbot ofereceu respostas “concordantes”, o que dificultou a detecção da crise familiarmente.

A resposta da OpenAI ao ensaio indicou esforços em desenvolver ferramentas para identificar melhor usuários em sofrimento emocional. No Brasil, o atendimento a pessoas em crise está disponível via CVV, pelo telefone 188, chat e e-mail. Serviços de emergência, como Samu e Polícia Militar, também podem ser acionados, assim como o Sistema Único de Saúde oferece atendimento por meio dos Centros de Atenção Psicossocial.

A ação dos Raines solicita uma indenização e uma medida cautelar para evitar que incidentes similares ocorram novamente. O caso abre uma nova discussão sobre a responsabilidade das empresas de tecnologia na moderação e no direcionamento de usuários em situações vulneráveis.

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Fonte: g1.globo.com

Imagem: s2-g1.glbimg.com


Fonte: g1.globo.com

Written By
Caio Marcio

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