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O governo dos Estados Unidos anunciou, na sexta-feira

O governo dos Estados Unidos anunciou, na sexta-feira
  • Publishedagosto 27, 2025

O governo dos Estados Unidos anunciou, na sexta-feira (22), a compra de uma participação de 10% na Intel, uma das maiores fabricantes americanas de semicondutores. A operação, feita por meio da conversão de subsídios estabelecidos na Lei de Chips de 2023, tem como objetivo proteger uma indústria vista como vital para a segurança nacional.

Donald Trump, presidente na época do anúncio, afirmou que pretende fazer operações semelhantes para o país e ajudar empresas que firmam acordos lucrativos com o governo. A compra de ações sem direito a voto, avaliada em cerca de US$ 9 bilhões, não exigiu desembolso imediato em dinheiro, mas gerou críticas por parte de apoiadores da direita e economistas. Eles alertam para riscos de corrupção e ineficácia quando decisões de investimento são feitas com base em política, e não em critérios econômicos.

Especialistas como Tad DeHaven, do Cato Institute, destacam que a participação estatal em empresas privadas pode comprometer a autonomia decisória e incentivar interferência política nas operações das companhias. Para Robert Atkinson, presidente da Information Technology and Innovation Foundation, o movimento não tem foco somente em fortalecer a Intel, mas também em exercer controle e potencialmente obter lucro.

A iniciativa do governo dos EUA remete a intervenções anteriores, como as realizadas durante a crise financeira de 2009, quando o governo adquiriu participação em empresas como General Motors, Citigroup e AIG para evitar colapsos econômicos. No entanto, a permanência no setor privado após esses episódios era temporária, enquanto a compra da Intel indica uma estratégia diferente.

Além da Intel, o secretário de Comércio, Howard Lutnick, anunciou que o governo está avaliando adquirir participações em empresas do setor de defesa e munições. O assessor econômico Kevin Hassett sugeriu que essa prática pode ser o primeiro passo para a criação de um fundo soberano americano, modelo comum em países como China e nas monarquias do Golfo.

A reação no meio político republicano foi reduzida, com poucas manifestações contrárias. O senador Rand Paul questionou se a medida não representaria uma aproximação dos Estados Unidos ao socialismo, enquanto o senador Bernie Sanders, identificado com a esquerda, apoiou a iniciativa e defendeu o direito dos contribuintes a retornos sobre investimentos públicos em empresas lucrativas.

Especialistas conservadores, como Richard Stern, da Heritage Foundation, afirmam que a experiência do setor privado é crucial para o sucesso empresarial e alertam que o controle estatal pode não replicar a eficiência do livre mercado. A preocupação entre críticos é que a influência governamental em grandes empresas possa se ampliar, especialmente se futuros governos com agendas distintas assumirem o poder.

O debate sobre a participação acionária do governo na Intel levanta questões sobre o papel do Estado na economia americana e a linha tênue entre proteção estratégica e intervenção excessiva. Enquanto isso, a prática reforça uma tendência de investimentos públicos em setores considerados sensíveis, acompanhando exemplos internacionais, mas em um contexto que divide opiniões internamente.

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Fonte: g1.globo.com

Imagem: s2-g1.glbimg.com


Fonte: g1.globo.com

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Caio Marcio

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