Dólar sobe e investidores aguardam Fed: mercado reage

O dólar abriu a sessão desta segunda-feira (25) em leve alta, cotado a R$ 5,4281 por volta das 9h45, com o mercado atento aos discursos de dirigentes do Federal Reserve (Fed) e aos indicadores econômicos divulgados no Brasil. O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, está previsto para abrir às 10h, refletindo expectativas diante da possibilidade de corte dos juros nos Estados Unidos.
O setor financeiro mostra cautela depois de um fim de semana com movimentação moderada nos mercados globais. A atenção está voltada para as falas programadas de membros do Fed ao longo do dia, após o presidente Jerome Powell ter indicado um possível corte dos juros americanos em setembro. Estes discursos podem influenciar a percepção de investidores sobre a política monetária dos EUA.
No Brasil, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou na última sexta-feira uma nova linha de crédito de R$ 10 bilhões destinada a empresas nacionais afetadas por tarifas americanas inferiores a 50% sobre produtos brasileiros. Além disso, o Banco do Brasil solicitou à Advocacia-Geral da União (AGU) providências contra perfis bolsonaristas que disseminam desinformação relacionada à instituição.
O boletim Focus, divulgado também nesta segunda-feira, revelou que analistas do mercado financeiro reduziram a projeção de inflação para 2025 pela décima terceira semana consecutiva, de 4,95% para 4,86%. Ainda assim, o indicador permanece acima do teto da meta, que é de 4,5%. Para os anos seguintes, a estimativa de inflação também sofreu ajustes para baixo.
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), apresentou queda de 0,5 ponto em agosto, alcançando 86,2 pontos. O índice mede o nível de confiança dos consumidores em relação à economia, considerando expectativas de consumo e demanda por bens e serviços.
Os mercados globais refletem essa conjuntura. Enquanto as bolsas europeias operam em queda devido à redução do otimismo com potenciais cortes de juros pelo Fed e à baixa liquidez causada pelo feriado no Reino Unido, as asiáticas encerraram o dia em alta. O índice de Xangai atingiu o maior nível desde agosto de 2015, e outros principais mercados da região também reportaram ganhos.
A possibilidade de corte dos juros nos Estados Unidos tem provocado queda nos rendimentos dos títulos da dívida americana, o que enfraquece o dólar perante outras moedas. Esta dinâmica beneficia principalmente empresas de capital aberto, que se valorizaram em bolsas como a brasileira, segundo especialistas.
No acumulado, o dólar registra alta de 0,51% na semana, queda de 3,12% no mês e desvalorização de 12,20% no ano. Já o Ibovespa apresenta valorização de 1,19% na semana, 3,68% no mês e 14,70% no ano. O contexto atual indica uma revisão constante das expectativas de inflação e dos movimentos dos bancos centrais, com impactos diretos no câmbio e na bolsa.
Com a agenda econômica enxuta para o início da semana, os mercados permanecem em alerta para receber os discursos do Fed e acompanhar os dados domésticos, que podem guiar as estratégias dos investidores nos próximos dias.
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Fonte: g1.globo.com
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