Economia

Alerta nos EUA: primeiro caso de mosca parasita em humano

  • Publishedagosto 25, 2025

O Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos (HHS) confirmou no domingo (24) o primeiro caso humano de bicheira-do-Novo-Mundo, um parasita comumente conhecido como mosca-da-bicheira, em um paciente que retornou de El Salvador. O caso foi confirmado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) em 4 de agosto e é investigado em parceria com o Departamento de Saúde de Maryland.

A mosca-da-bicheira (Cochliomyia hominivorax) é uma espécie parasitária cujas fêmeas depositam ovos em feridas de animais de sangue quente. As larvas resultantes perfuram e consomem a carne viva do hospedeiro, o que pode levar a óbito se não houver tratamento. Embora seja comum em animais, especialmente gado, infestações em humanos são raras, mas potencialmente graves.

Fontes do setor de carne bovina afirmaram, na semana passada, que o CDC havia confirmado um caso similar em Maryland, envolvendo um paciente que teria viajado da Guatemala, informação que difere da declaração oficial do HHS. O porta-voz Andrew G. Nixon confirmou apenas a origem do paciente ligada a El Salvador e afirmou que o risco para a saúde pública nos Estados Unidos é muito baixo.

Até o momento, o governo dos EUA não confirmou nenhum caso da mosca-da-bicheira em animais no país neste ano. A divergência entre relatos oficiais e do setor privado aumenta a apreensão entre pecuaristas, frigoríficos e comerciantes de gado. Esses grupos estão preocupados com a possível expansão da mosca a partir da América Central e do sul do México para território americano.

O surto da mosca-da-bicheira tem provocado ações coordenadas para conter a praga. Recentemente, a secretária do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), Brooke Rollins, visitou o Texas para acompanhar a construção de uma instalação destinada à produção de moscas estéreis, técnica usada para reduzir populações da praga.

O USDA calcula que um surto poderia causar prejuízos de cerca de US$ 1,8 bilhão à economia do Texas, maior produtor de gado dos Estados Unidos. Os prejuízos estariam ligados a mortes de animais, gastos com medicamentos e custos de trabalho relacionados ao controle da infestação.

Beth Thompson, veterinária estadual de Dakota do Sul, relatou que tomou conhecimento do caso humano em Maryland por contatos diretos na semana passada, antes de receber informações oficiais. Ela afirmou que o CDC não forneceu informações detalhadas e remeteu o caso às autoridades estaduais para confirmação.

Essa dificuldade na comunicação entre órgãos federais e estaduais, bem como com o setor privado, pode afetar a percepção e o planejamento para o controle da mosca-da-bicheira, considerando que a infestação no gado pode ser fatal e causar impactos econômicos significativos.

As medidas para conter o avanço da mosca incluem o monitoramento constante em áreas de risco, uso da técnica de moscas estéreis e o controle rigoroso de animais importados ou provenientes de regiões afetadas pela praga. A cooperação entre agências federais, estaduais e o setor privado é considerada fundamental para evitar a disseminação da mosca em solo americano.

O surgimento do primeiro caso humano reforça a necessidade de vigilância e resposta rápida frente a doenças e pragas originadas em outros países, principalmente em regiões com intensas relações comerciais e de turismo com os Estados Unidos. A expectativa é que o monitoramento e o controle da mosca-da-bicheira evitem sua consolidação no país.

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Fonte: g1.globo.com

Imagem: s2-g1.glbimg.com


Fonte: g1.globo.com

Written By
Caio Marcio

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