Brasil se destaca em data centers de IA e atrai investimentos globais

Data centers especializados em inteligência artificial (IA) têm despertado interesse crescente no Brasil devido à alta demanda por capacidade de processamento e energia renovável, enquanto o governo planeja atrair investimentos para transformar o país em um polo global dessa infraestrutura. Esses centros armazenam e processam informações fundamentais para bilhões de usuários no mundo, exigindo espaços físicos com alta potência e sistemas avançados de resfriamento, o que levanta preocupações ambientais, especialmente quanto ao consumo de água.

Os data centers para IA consomem níveis de energia muito superiores aos de centros de dados tradicionais, podendo chegar a demandar a mesma eletricidade que 16 milhões de residências. Esse consumo elevado está ligado à necessidade de manter a operação contínua e a refrigeração dos equipamentos, que geram grande quantidade de calor. Essa realidade torna os data centers para IA um ponto crítico nas discussões sobre sustentabilidade e uso racional de recursos naturais.

O Brasil se destaca por sua capacidade de geração de energia renovável, principalmente hidrelétrica, o que tem atraído o interesse de grandes empresas de tecnologia para instalar data centers voltados à inteligência artificial em seu território. Em resposta, o governo federal prepara uma política nacional específica para o setor, que busca criar condições favoráveis para investimentos e posicionar o país como um centro global de processamento de dados digitais.

Em entrevista no episódio 1540 do podcast “O Assunto”, o repórter Victor Hugo Silva explicou as diferenças entre os tipos de data centers e os impactos ambientais relacionados, abordando como esses centros influenciam a infraestrutura digital cotidiana. O programa também discutiu os avanços esperados nos data centers para IA e as controvérsias que cercam essa expansão tecnológica, respondendo à dúvida comum sobre a relevância de ter um data center próximo da população.

Além do Brasil, há planos ambiciosos para expandir data centers em locais não convencionais, como a órbita da Terra e até na Lua, buscando soluções inovadoras para as demandas crescentes de processamento de dados no futuro. Essa expansão espacial está em estudo para reduzir restrições físicas e ambientais nas operações dos centros de dados tradicionais.

O crescimento do uso de IA e o aumento do número de serviços digitais geram uma multiplicação rápida dos data centers, incluindo aqueles usados pelo ChatGPT e outras ferramentas baseadas em inteligência artificial. Com isso, aumenta também o consumo de recursos naturais essenciais, como a água usada nos sistemas de resfriamento, o que tem motivado debates sobre o equilíbrio entre inovação tecnológica e sustentabilidade.

O podcast “O Assunto”, produzido pelo g1, tem acompanhado esse tema, trazendo informações e análises sobre as transformações no setor de tecnologia e infraestrutura digital. Com mais de 168 milhões de downloads desde a estreia em 2019, o programa é uma plataforma que conecta o público aos principais debates sobre tecnologia, meio ambiente e economia digital.

Imagem ilustrativa do data center da Meta em Indiana, nos Estados Unidos, exemplifica a escala e a importância dessas instalações para o funcionamento da internet e dos serviços digitais em todo o mundo.

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Fonte: g1.globo.com