Especialistas prevêm avanços em Alagoas com computação quântica

Especialistas destacam que a computação quântica pode trazer avanços para Alagoas ao acelerar pesquisas e otimizar setores estratégicos como energia solar. O tema foi abordado em entrevistas com pesquisadores nacionais e locais durante o desenvolvimento desse estudo.
O computador quântico opera com qubits que permitem realizar cálculos complexos em paralelo, diferente do computador clássico, que trabalha sequencialmente com bits em estado binário. Essa capacidade amplia o processamento exponencialmente, tornando possível simular sistemas complexos e analisar grandes volumes de dados rapidamente.
Embora o processador quântico seja pequeno, o equipamento exige ambientes resfriados a temperaturas próximas do zero absoluto para manter a integridade dos qubits. Esse requisito técnico ainda representa alto custo e desafios de infraestrutura, além da necessidade de correção de erros e desenvolvimento de algoritmos especializados.
Alagoas tem investido em pesquisa e capacitação na área, com foco na aplicação da computação quântica em energias renováveis, especialmente energia solar. O engenheiro Davi Barros, do Centro de Inovação Edge da Universidade Federal de Alagoas, ressalta que a tecnologia pode auxiliar no desenvolvimento de novos materiais e na otimização da geração e transporte de energia.
Além da energia, o potencial da computação quântica se estende à indústria local, que representa cerca de 14% do PIB do estado. Barros aponta aplicações em química, ciência de materiais, logística, segurança digital e finanças, ressaltando que o acesso a computadores quânticos via nuvem já permite o desenvolvimento de pessoal treinado em software quântico.
O pesquisador Gabriel Gomes de Oliveira, do Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer, destaca que a computação quântica já contribui para avanços na criação de medicamentos, no diagnóstico e na segurança cibernética. Ele alerta, contudo, para os desafios na comercialização da tecnologia, como os custos elevados, a escalabilidade e a falta de mão de obra especializada.
Outro aspecto importante abordado é a segurança dos dados. Computadores quânticos têm o potencial de quebrar criptografias atuais, o que pode comprometer a proteção de informações. Gomes de Oliveira afirma que a comunidade de segurança desenvolve soluções de criptografia pós-quântica para garantir a proteção na nova era digital.
A computação quântica evolui internacionalmente desde os anos 1980 e hoje recebe investimentos de empresas e países como Estados Unidos, China, Alemanha, Microsoft, Google, IBM e Amazon. A previsão é que a tecnologia atinja maturidade por volta de 2030, tornando-se mais eficiente e acessível.
O avanço da computação quântica pode representar um impacto tecnológico e econômico significativo para Alagoas, especialmente se aliados o investimento em pesquisa com políticas de capacitação e infraestrutura. A região pode se beneficiar dos resultados mesmo antes de possuir um computador quântico próprio, por meio do uso remoto da tecnologia.
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Fonte: g1.globo.com
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Fonte: g1.globo.com