Noel Clarke perde processo por difamação em caso de má conduta sexual

Ator britânico Noel Clarke perde processo por difamação após acusações de má conduta sexual
O ator e cineasta britânico Noel Clarke teve seu processo por difamação contra o jornal *The Guardian* rejeitado pela Alta Corte de Londres na última sexta-feira (22). A decisão judicial considerou que as acusações de má conduta sexual feitas contra Clarke eram substancialmente verdadeiras, validando as reportagens publicadas pelo jornal que expuseram comportamentos inadequados do artista.
Conhecido principalmente por escrever e estrelar o filme *Juventude Rebelde* (2006), que aborda temas como bullying, abuso de drogas e violência entre jovens londrinos, além de ter participado da série de ficção científica *Doctor Who*, Noel Clarke voltou a se destacar, desta vez, pelo caráter controverso que tomou sua carreira.
As acusações de agressão e assédio sexual contra Clarke foram feitas por aproximadamente 20 mulheres e relatavam episódios de toques indesejados, intimidação e condutas sexualmente impróprias no ambiente de trabalho entre os anos de 2004 e 2019. Os relatos vieram a público em 2021, pouco tempo após Clarke receber o prêmio Outstanding British Contribution to Cinema, concedido pela British Academy of Film and Television Arts (BAFTA). Em resposta às denúncias, a BAFTA suspendeu tanto a filiação do ator quanto o reconhecimento concedido.
Reagindo às reportagens, Clarke negou veementemente qualquer acusação de má conduta sexual e moveu uma ação judicial contra o *The Guardian*, pleiteando uma indenização de até US$ 93,24 milhões (aproximadamente R$ 505 milhões). Ele alegou que as alegações eram falsas e que sua reputação, bem como sua carreira, foram destruídas como consequência do impacto do movimento #MeToo, que trouxe maior visibilidade a casos de abuso e assédio.
Durante o julgamento que começou em março de 2024, o *The Guardian* apresentou depoimentos de mais de 20 mulheres, entre vítimas e testemunhas das atitudes condenadas contra Clarke. A juíza Karen Steyn analisou as evidências e determinou, em sua decisão por escrito, que as acusações eram substancialmente verdadeiras, atendendo ao critério legal para a defesa contra o processo por difamação.
Essa sentença representa um marco no caso e reforça a importância da imprensa investigativa na exposição de comportamentos abusivos, especialmente em ambientes profissionais da indústria do entretenimento. Além disso, serve como um exemplo da complexidade dos processos judiciais envolvendo acusações de má conduta sexual, que podem envolver questões delicadas de direito, ética e proteção às vítimas.
Até o momento, Noel Clarke não emitiu um novo posicionamento público após o veredito da justiça. A decisão da Alta Corte lança luz sobre a responsabilidade de figuras públicas em manter condutas adequadas e a relevância do debate iniciado pelo movimento #MeToo no sentido de prestar apoio e voz a vítimas de assédio e abuso.
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Fonte: g1.globo.com