Economia

Bolsa dispara e dólar tomba após sinal de cortes nos EUA

Bolsa dispara e dólar tomba após sinal de cortes nos EUA
  • Publishedagosto 22, 2025

Bolsa dispara 2% e dólar tomba 1% após Powell sinalizar possível corte de juros nos EUA

O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, registrou alta expressiva de 2,57% nesta sexta-feira (22), fechando aos 137.968 pontos, sua maior valorização diária desde 9 de abril, quando avançou 3,12%. No mesmo dia, o dólar teve queda de 0,95%, ficando cotado a R$ 5,4258. A reação dos mercados ocorre após o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, sinalizar a possibilidade de corte na taxa de juros na próxima reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), prevista para setembro.

Powell sinaliza cautela e possível redução de juros

Durante o Simpósio de Jackson Hole, Powell destacou que o primeiro corte de juros em oito meses pode estar próximo, mas alertou para os riscos que as tarifas impostas pelo ex-presidente Donald Trump ainda representam para a inflação nos EUA. Ele explicou que a aparente estabilidade no mercado de trabalho é resultado de uma desaceleração simultânea da oferta e da demanda por trabalhadores.

Os sinais de enfraquecimento do emprego e do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) americano indicam que o Fed pode reduzir os juros nos próximos meses para apoiar a economia. No entanto, Powell ressaltou que a instituição permanecerá cautelosa em relação aos impactos do aumento tarifário.

Impacto positivo nas bolsas e desvalorização do dólar

A perspectiva de juros mais baixos nos EUA alimentou o apetite por ativos de maior risco, como ações, enquanto o dólar perdeu força devido à menor atratividade dos títulos da dívida americana. Segundo William Castro Alves, estrategista-chefe da Avenue, a possível queda dos juros aumentou a demanda por mercados emergentes, beneficiando a bolsa brasileira.

“O dólar enfraquecido, aliado a juros menores, cria um ambiente favorável para as empresas de capital aberto”, comentou Castro. As ações da Petrobras seguiram essa tendência positiva — as ordinárias (PETR3) subiram 3,03% e as preferenciais (PETR4) avançaram 2,63%. O mercado também reagiu à nomeação de Bruno Moretti para presidir o conselho de administração da estatal.

Em Wall Street, os principais índices fecharam em forte alta: Dow Jones (+1,89%), S&P 500 (+1,51%) e Nasdaq (+1,88%). As bolsas europeias também registraram ganhos, com destaque para o índice STOXX 600, que alcançou seu maior nível em mais de cinco meses após subir 0,40%. Na Ásia, os mercados fecharam na maior alta dos últimos dez anos, impulsionados pelo otimismo com o setor de inteligência artificial.

Cenário doméstico e tensões políticas

No Brasil, apesar do cenário favorável no mercado financeiro, seguem as tensões políticas envolvendo o governo dos EUA. Nesta semana, a Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e seu filho Eduardo por tentativa de intimidar autoridades no processo relacionado à tentativa de golpe de Estado.

O mercado acompanha ainda com atenção a gestão da Petrobras, cuja nova presidência do conselho poderá influenciar os rumos da empresa em um momento econômico e político delicado.

Panorama dos mercados e perspectivas

Na semana, o dólar acumulou alta de 0,51%, mas mantém queda mensal de 3,12% e recuo anual de 12,20%. O Ibovespa, por sua vez, subiu 1,19% na semana, 3,68% no mês e acumula ganhos de 14,70% em 2024.

Com a expectativa de dois cortes nas taxas de juros americanas ainda neste ano — o primeiro já em setembro — os mercados globais vivem um clima de maior otimismo. Porém, analistas recomendam cautela, dado o impacto ainda incerto das tarifas e a persistente inflação.

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Imagem: s2-g1.glbimg.com


Fonte: g1.globo.com

Written By
Caio Marcio

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