Tecnologia

Governo dos EUA terá 10% da Intel em acordo estratégico

Governo dos EUA terá 10% da Intel em acordo estratégico
  • Publishedagosto 22, 2025

Trump afirma que Intel concordou em ceder 10% da empresa ao governo dos EUA

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, u nesta sexta-feira (22) que a fabricante de chips Intel aceitou conceder ao governo norte-americano uma participação acionária de 10% na empresa. A declaração foi feita durante conversa com jornalistas, quando o mandatário também revelou que o acordo resultou de uma reunião realizada na semana passada com o CEO da Intel, Lip Bu Tan.

O encontro ocorreu poucos dias após Trump solicitar publicamente a renúncia de Tan, em razão de seus vínculos anteriores com a China, um país que tem sido foco de tensões comerciais e políticas com os Estados Unidos. “Eu disse que acho que seria bom ter os Estados Unidos como seu parceiro. Ele concordou, e eles concordaram em fazer isso”, declarou Trump.

Negociação estratégica entre governo e empresa

De acordo com fontes da Casa Branca, que preferiram manter anonimato até o anúncio oficial, o governo está negociando para garantir uma fatia de 10% da Intel em troca da conversão de subsídios governamentais prometidos à empresa durante a administração do ex-presidente Joe Biden. Caso o acordo seja concretizado, o Departamento do Tesouro dos EUA se tornará um dos principais acionistas da gigante do setor de semicondutores.

Esse movimento significa uma mudança importante na relação tradicional entre setor público e privado nos Estados Unidos, país que detém a maior economia global. A participação estatal direta em uma grande fabricante de tecnologia representa uma estratégia para reforçar a autonomia e a segurança das cadeias produtivas nacionais, sobretudo diante do aumento da competitividade internacional e de preocupações geopolíticas.

Contexto e consequências para a Intel e a economia norte-americana

A Intel, uma das maiores empresas de semicondutores do mundo, tem enfrentado intensos desafios nos últimos anos para manter sua liderança frente a concorrentes globais, especialmente asiáticos. O setor é estratégico para a economia e segurança dos EUA, dado que componentes de alta tecnologia são essenciais para diversos produtos, desde dispositivos eletrônicos até equipamentos militares.

A entrada do governo como acionista pode garantir maior suporte financeiro à Intel, favorecendo investimentos em pesquisa e desenvolvimento e a ampliação da produção no país. Por outro lado, a situação levanta questionamentos sobre a interferência estatal no mercado livre e as possíveis consequências para a gestão da empresa.

Polêmica em torno do CEO Lip Bu Tan

A pressão sobre o CEO Lip Bu Tan, que iniciou a reunião que culminou no acordo, decorre de uma polêmica envolvendo seus laços anteriores com a China. Trump chegou a pedir formalmente sua renúncia, acusando-o de representar riscos para a segurança nacional devido à proximidade com o país asiático.

Poucos dias depois, Tan se afastou do cargo, o que intensificou as discussões sobre as relações entre interesses empresariais, governo e segurança nacional em um contexto geopolítico cada vez mais tenso. A decisão da Intel em aceitar a participação governamental pode ser encarada também como uma tentativa de alinhar seus interesses com as prioridades estratégicas dos EUA.

Conclusão

O anúncio de que a Intel deverá conceder 10% de sua participação ao governo dos EUA marca um capítulo inédito na indústria de tecnologia americana. Além de representar uma estratégia para fortalecer a fabricação nacional de semicondutores, o acordo reflete as complexas relações entre política, economia e segurança em um mundo marcado por rivalidades comerciais e tecnológicas.

Resta acompanhar os desdobramentos oficiais do acordo e avaliar os impactos para a Intel, para o governo e para o mercado global de semicondutores nos próximos meses.

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Imagem: s2-g1.glbimg.com


Fonte: g1.globo.com

Written By
Caio Marcio

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