Dólar sobe com política nacional e dados econômicos americanos

Dólar abre em alta com política brasileira no radar e dados econômicos dos EUA O dólar iniciou a sessão desta quinta-feira (21) em alta, acompanhando o cenário político brasileiro e indicadores econômicos internacionais. Às 9h05, a moeda americana avançava 0,25%, cotada a R$ 5,487. O principal índice da bolsa brasileira, o Ibovespa, começa a ser negociado às 10h. O mercado…
Dólar abre em alta com política brasileira no radar e dados econômicos dos EUA
O dólar iniciou a sessão desta quinta-feira (21) em alta, acompanhando o cenário político brasileiro e indicadores econômicos internacionais. Às 9h05, a moeda americana avançava 0,25%, cotada a R$ 5,487. O principal índice da bolsa brasileira, o Ibovespa, começa a ser negociado às 10h.
O mercado acompanha o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) pela Polícia Federal, sob a acusação de tentativa de coação a autoridades vinculadas à investigação sobre o golpe de Estado. A situação política brasileira chama a atenção também pelo impacto que pode ter na relação com os Estados Unidos.
O presidente americano Donald Trump tem criticado duramente a Justiça brasileira, classificando ações contra Bolsonaro como “caça às bruxas”. Recentemente, Trump u tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, vinculando diretamente à apreciação judicial em que o ex-presidente é réu, aumentando as tensões entre os dois países.
Além disso, a aprovação do governo Lula (PT) cresce, conforme pesquisa Quaest divulgada hoje, que aponta 46% de aprovação, ante 43% na pesquisa anterior. A desaprovação caiu para 51%, ainda majoritária, mas sinaliza uma aproximação entre os índices. Lula lidera todas as simulações de primeiro e segundo turno para as eleições de 2026, segundo o levantamento que inclui nomes como Bolsonaro, Tarcísio, Michelle Bolsonaro, Ratinho Júnior, Eduardo Leite, entre outros.
No cenário doméstico, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participam da 9ª edição do Salão do Turismo em São Paulo, indicando movimentações no campo econômico e comercial.
Na economia, a Receita Federal divulga os dados de arrecadação referentes a julho e o Tesouro Nacional promove leilões tradicionais de títulos públicos LTN e NTN-F. No mercado internacional, o foco recai sobre indicadores econômicos dos Estados Unidos, como pedidos semanais de auxílio-desemprego, exportação de grãos, e índices PMI da indústria e do setor imobiliário, que podem influenciar a percepção sobre a saúde da maior economia mundial.
Além disso, o Simpósio de Jackson Hole, evento que reúne os principais banqueiros centrais globais, ocorre até sábado (23). Na sexta-feira, o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, deve proferir discurso muito aguardado pelo mercado.
No mercado financeiro brasileiro, a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, de proibir que bancos brasileiros cumpram ordens judiciais estrangeiras sem autorização do Supremo tem causado efeitos no setor bancário. A medida, que reafirma a soberania nacional, entrou em conflito com a Lei Magnitsky aplicada pelo governo dos EUA. Após queda significativa nas ações de bancos na última sessão, hoje, a maioria das instituições registrava alta, com destaque para Banco do Brasil (+0,51%), Bradesco (+0,13%), Santander (+2,08%) e Itaú (+0,17%). O BTG Pactual teve queda de 1,15%.
No âmbito internacional, os principais índices das bolsas de Wall Street operam em baixa. O Nasdaq recua 1,28%, atingindo seu menor nível em duas semanas, reflexo da cautela dos investidores diante das incertezas provocadas pelo simpósio do Fed. Já os mercados europeus apresentam movimento misto, enquanto o mercado asiático tem performances variadas, com alta significativa das ações chinesas, impulsionadas pela redução das tensões comerciais.
O fluxo cambial no Brasil apresentou saldo positivo de US$ 149 milhões até 15 de agosto, principalmente via canal financeiro, com entrada líquida de US$ 687 milhões. O canal comercial registrou saldo negativo de US$ 538 milhões. Contudo, no acumulado do ano, o fluxo cambial permanece negativo em US$ 14,692 bilhões.
A ata do Federal Reserve divulgada hoje revela que dois membros do comitê votaram pela redução dos juros na última reunião, demonstrando preocupação com a fragilidade do mercado de trabalho. A postura contrasta com a maioria que optou por manter a taxa de juros nos patamares atuais. É relevante destacar que Donald Trump tem pressionado publicamente por cortes na taxa, criticando a condução do Fed.
Em resumo, o mercado financeiro brasileiro e global oscila frente a tensões políticas, decisões judiciais, indicadores econômicos e a agenda do Federal Reserve. A direção do dólar e do Ibovespa poderá ser influenciada, sobretudo, pela evolução das relações Brasil-EUA e pelos dados que serão divulgados ao longo do dia.
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Fonte: g1.globo.com