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Roblox sob pressão após banimento de youtuber e denúncias de predadores sexuais infantis O CEO do Roblox, David Baszucki, enfrenta forte pressão após a suspensão do youtuber Schlep, conhecido por denunciar abusos e predadores sexuais infantis dentro da plataforma de jogos Roblox. A controvérsia resultou em campanhas nas redes sociais e denúncias legais que colocam a segurança dos usuários, especialmente…

Roblox sob pressão após banimento de youtuber e denúncias de predadores sexuais infantis

O CEO do Roblox, David Baszucki, enfrenta forte pressão após a suspensão do youtuber Schlep, conhecido por denunciar abusos e predadores sexuais infantis dentro da plataforma de jogos Roblox. A controvérsia resultou em campanhas nas redes sociais e denúncias legais que colocam a segurança dos usuários, especialmente crianças, em debate.

Banimento do youtuber e reação pública

Schlep é um criador de conteúdo com quase 800 mil inscritos no YouTube e ganhou notoriedade por investigar casos de abuso infantil dentro do Roblox. Ele afirma que suas denúncias já levaram à prisão de seis suspeitos que tentavam aliciar menores na plataforma. Apesar disso, segundo o próprio Schlep e o jornal britânico The Independent, a empresa teria ignorado suas denúncias. Recentemente, todas as contas dele no Roblox foram banidas, e o CEO Baszucki o bloqueou na rede social X.

Essa decisão gerou forte reação nas redes sociais, com campanhas usando as hashtags #FreeSchlep e #BoycottRoblox, apoiadas por outros criadores de conteúdo. Uma petição que exige do CEO do Roblox uma solução para os problemas ou sua renúncia ultrapassou 100 mil assinaturas no último domingo (17).

Em nota ao The Independent, o Roblox justificou o banimento dizendo que “vigilantes”, apesar de bem-intencionados, tomaram ações que criaram um ambiente inseguro para os usuários. A empresa afirmou que esses usuários, se passando por menores, abordavam outros jogadores e tentavam levá-los para conversas sexualmente explícitas fora da plataforma.

Acusações legais nos Estados Unidos

A pressão sobre o Roblox aumentou significativamente após a abertura de um processo judicial na Louisiana, nos EUA. A procuradora-geral Liz Murrill acusa o Roblox de permitir que predadores sexuais “prosperem, se unam, cacem e vitimizem menores” na plataforma. Segundo a denúncia, a empresa falhou em implementar medidas eficazes de segurança para proteger crianças contra abusos.

O xerife Jason Ard, da cidade de Livingston (Louisiana), relatou diversos casos envolvendo o Roblox, incluindo um suspeito que usou tecnologia de alteração de voz para se passar por uma criança. Ainda não houve prisões ligadas ao jogo, mas a investigação aponta falhas graves na proteção oferecida pela plataforma.

Em resposta, o Roblox rejeitou as acusações, afirmando que a alegação de que a empresa colocaria intencionalmente seus usuários em risco é “categoricamente falsa”. A empresa reforçou que tem uma política de tolerância zero para exploração de menores e destaca limitações para comunicação entre crianças menores de 13 anos, que só podem conversar com outros usuários fora dos jogos mediante autorização dos pais.

Medidas e novos recursos de segurança

Diante da repercussão negativa, o Roblox u atualizações em suas regras para banir conteúdos, configurações ou comportamentos que impliquem atividade sexual, além da já existente proibição de conteúdo romântico ou sexual na plataforma. A empresa também informou que está desenvolvendo uma nova tecnologia baseada em inteligência artificial para detectar e bloquear cenas de abuso infantil.

Em agosto, o Roblox revelou que seu sistema de IA já enviou cerca de 1.200 denúncias de exploração infantil ao Centro Nacional para Crianças Desaparecidas e Exploradas dos EUA apenas no primeiro semestre de 2025.

Conclusão

A polêmica envolvendo o Roblox evidencia o desafio das plataformas digitais em equilibrar crescimento e lucro com a segurança dos usuários, especialmente dos mais vulneráveis, como as crianças. A pressão pública e legal sobre o CEO David Baszucki mostra que a sociedade espera respostas rápidas e eficientes para impedir a exploração infantil no ambiente virtual. O caso também ressalta a importância da atuação de criadores de conteúdo e das tecnologias de monitoramento no combate a abusos online.

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Imagem: s2-g1.glbimg.com

Fonte: g1.globo.com