Economia

Brasil defende na investigação dos EUA: Pix é essencial!

Brasil defende na investigação dos EUA: Pix é essencial!
  • Publishedagosto 19, 2025

Vanguarda, inclusão e usado até pelo Google: como Brasil defende Pix em investigação comercial dos EUA O governo brasileiro apresentou nesta segunda-feira (18) uma resposta oficial à investigação comercial aberta pelos Estados Unidos em julho de 2025, durante a administração de Donald Trump, contra políticas brasileiras envolvendo o sistema de pagamentos Pix. A carta, assinada pelo ministro das Relações Exteriores,…

Vanguarda, inclusão e usado até pelo Google: como Brasil defende Pix em investigação comercial dos EUA

O governo brasileiro apresentou nesta segunda-feira (18) uma resposta oficial à investigação comercial aberta pelos Estados Unidos em julho de 2025, durante a administração de Donald Trump, contra políticas brasileiras envolvendo o sistema de pagamentos Pix. A carta, assinada pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e endereçada ao embaixador do comércio dos EUA, Jamieson Greer, rejeita as acusações feitas pelos americanos e defende que o Brasil atua dentro das melhores práticas internacionais e em conformidade com as normas da Organização Mundial do Comércio (OMC).

Investigação dos EUA e contexto

A investigação iniciada pelo Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR) acusou o Brasil de adotar práticas comerciais supostamente desleais, entre elas o favorecimento do Pix, sistema de pagamento instantâneo desenvolvido pelo Banco Central do Brasil, lançado em 2020. Além disso, os EUA apontaram questões ligadas às tarifas brasileiras, proteção da propriedade intelectual e preocupações ambientais.

A resposta brasileira busca demonstrar que essas acusações são infundadas. No documento, que tem 91 páginas, o Brasil argumenta que todas as medidas governamentais são transparentes e não prejudicam o comércio americano. Em particular, o Pix foi abordado em 58 ocasiões, sob a perspectiva de inclusão financeira, inovação e abertura de mercado.

Pix: tecnologia, inclusão e soberania

O governo brasileiro destaca que o Pix foi criado para modernizar o sistema financeiro nacional, reduzir custos de transação e ampliar o acesso da população aos serviços bancários. Desde o lançamento, mais de 165 milhões de brasileiros passaram a utilizar o sistema, o que equivale a praticamente toda a população adulta do país. Em 2024, o Pix movimentou cerca de R$ 26,4 trilhões em mais de 63 bilhões de transações, incluindo cerca de 19,2 milhões de empresas cadastradas. O sistema também quebrou barreiras geográficas, aumentando a inclusão bancária em regiões historicamente isoladas, como o Norte do país, onde 72,3% dos adultos hoje têm relacionamento formal com bancos.

Na perspectiva do governo, o Pix representa a soberania do Brasil como autoridade monetária, garantindo o controle e a regulação do setor por parte do Banco Central do Brasil. O documento também destaca que o Pix é um projeto de acesso aberto, no qual qualquer empresa, nacional ou estrangeira, que cumpra os requisitos do Banco Central pode operar, desde que respeite as regras estabelecidas para garantir segurança e confiabilidade.

Pix na vanguarda global e uso por empresas americanas

Outro ponto importante da defesa brasileira é que o Pix está alinhado com uma tendência global de sistemas de pagamento instantâneos, adotada por países como Estados Unidos, União Europeia e Índia. O desenvolvimento do Pix é lembrado como uma iniciativa inovadora que inspira outras economias, citando exemplos como o FedNow, sistema de pagamentos instantâneos lançado pelo Federal Reserve americano em 2023.

Além disso, o documento destaca que o Pix é utilizado por grandes empresas de tecnologia americanas no Brasil, como Google, WhatsApp e Uber. Desde 2021, o Pix conta com um sistema de iniciação de pagamentos que permite a empresas não financeiras iniciarem transações, e o Google, por meio do Google Pay, é o maior “iniciador” do sistema, tendo processado cerca de 1,5 milhão de transações somente no último mês. A resposta brasileira enfatiza que não existe discriminação ou barreiras que prejudiquem empresas americanas e que o Brasil aplica regulamentações isonômicas a todas as companhias.

Conclusão

A resposta do governo Lula à investigação dos EUA reflete a importância do Pix para o Brasil tanto em termos econômicos quanto de inclusão social e soberania tecnológica. O documento busca desmistificar as acusações americanas, ressaltando que o sistema brasileiro não somente está em conformidade com as regras internacionais, mas também representa uma inovação que serve de exemplo para outras nações e beneficia diretamente consumidores e empresas, incluindo gigantes do setor de tecnologia dos EUA.

A continuidade do diálogo entre Brasil e Estados Unidos sobre o tema será fundamental para esclarecer pontos pendentes e fortalecer a cooperação bilateral no âmbito do comércio digital e dos meios de pagamento.

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Imagem: s2-g1.glbimg.com


Fonte: g1.globo.com

Written By
Caio Marcio

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