Economia

CNI defende Brasil em investigação nos EUA e nega práticas discriminatórias

CNI defende Brasil em investigação nos EUA e nega práticas discriminatórias
  • Publishedagosto 18, 2025

CNI defende Brasil em investigação nos EUA e nega práticas comerciais discriminatórias Nesta segunda-feira (18), a Confederação Nacional da Indústria (CNI) enviou ao Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR) um documento oficial no qual reafirma que o Brasil não adota práticas “injustificáveis, discriminatórias ou restritivas” no comércio bilateral com os EUA. Essa manifestação paralela acompanha a defesa que…

CNI defende Brasil em investigação nos EUA e nega práticas comerciais discriminatórias

Nesta segunda-feira (18), a Confederação Nacional da Indústria (CNI) enviou ao Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR) um documento oficial no qual reafirma que o Brasil não adota práticas “injustificáveis, discriminatórias ou restritivas” no comércio bilateral com os EUA. Essa manifestação paralela acompanha a defesa que o governo brasileiro também deve protocolar no mesmo dia, em resposta a uma investigação aberta em julho pelo governo Trump.

Investigação dos EUA e principais questionamentos

A investigação do USTR foi iniciada para apurar alegações de práticas comerciais consideradas desleais por parte do Brasil, que, segundo os Estados Unidos, estariam prejudicando o comércio norte-americano. Entre os pontos destacados pelos americanos estão dúvidas em relação a mecanismos como o PIX – sistema brasileiro de transferências financeiras instantâneas -, questões ambientais ligadas ao desmatamento na Amazônia e a proteção à propriedade intelectual.

Até o momento, no entanto, os EUA não apresentaram evidências concretas que sustentem as suspeitas de práticas comerciais discriminatórias, o que tem sido um ponto central da defesa brasileira. Uma audiência pública sobre o tema está prevista para acontecer no dia 3 de setembro, momento em que ambas as partes poderão expor suas argumentações.

Posicionamento da CNI

Na defesa entregue ao USTR, o presidente da CNI, Ricardo Alban, estabelece que as preocupações levantadas pelo governo norte-americano não justificam a adoção de medidas restritivas sob a Seção 301 da lei comercial dos EUA — dispositivo usado para combater práticas comerciais consideradas injustas.

O documento destaca que o comércio entre Brasil e EUA é marcado por uma relação bilateral mutuamente benéfica, caracterizada por um superávit comercial em favor dos americanos e a aplicação de tarifas baixas. “Não há base jurídica ou factual para a imposição de tarifas adicionais. Medidas unilaterais enfraquecem essa parceria estratégica”, afirma a CNI.

A entidade também ressalta que não há indícios de que empresas americanas tenham sido prejudicadas em detrimento de outras companhias no mercado brasileiro, o que reforça a tese de ausência de práticas discriminatórias. Para a CNI, eventuais divergências comerciais devem ser solucionadas por meio do diálogo bilateral e da cooperação técnica, promovendo um ambiente de comércio justo e transparente.

Contexto e impactos

A investigação dos Estados Unidos ocorre em um momento delicado para as relações comerciais entre os dois países, especialmente diante da crescente importância econômica do Brasil e da sua inserção em cadeias globais de valor. A possibilidade de imposição de tarifas punitivas ou outras barreiras comerciais pode impactar empresas brasileiras e americanas, além de afetar setores estratégicos para ambos os países.

Para a indústria brasileira, a posição da CNI é fundamental para reforçar a credibilidade do Brasil como parceiro confiável e alinhado às práticas internacionais de comércio. Além disso, a entidade enfatiza que medidas unilaterais adotadas sem evidências podem gerar prejuízos econômicos e abalar a cooperação comercial já consolidada.

Conclusão

A defesa formal da CNI reforça o posicionamento do Brasil diante da investigação dos EUA, contestando as alegações de práticas comerciais desleais e destacando a reciprocidade e os benefícios do comércio bilateral. A expectativa agora se volta para a audiência pública de setembro, que será decisiva para o desenrolar do processo e para a manutenção da relação estratégica entre Brasil e Estados Unidos.

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Fonte: g1.globo.com

Written By
Caio Marcio

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