PIB brasileiro cresce 0,3% no 2º trimestre de 2025

‘Prévia’ do PIB do Banco Central indica expansão de 0,3% no 2º trimestre O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), mostrou crescimento de 0,3% no segundo trimestre de 2025 em relação ao trimestre anterior. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (18) pela instituição financeira. ### O que é o IBC-Br…

‘Prévia’ do PIB do Banco Central indica expansão de 0,3% no 2º trimestre

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), mostrou crescimento de 0,3% no segundo trimestre de 2025 em relação ao trimestre anterior. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (18) pela instituição financeira.

O que é o IBC-Br e sua importância?

O IBC-Br é um indicador que busca medir a evolução da atividade econômica brasileira entre os trimestres. Para isso, o Banco Central aplica um ajuste sazonal aos dados, ou seja, um método que corrige variações sazonais para permitir comparações consistentes entre diferentes períodos. Assim, o número de 0,3% representa a expansão efetiva da economia no segundo trimestre frente aos primeiros três meses do ano.

Embora o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) seja o órgão oficial responsável pelo cálculo do PIB, o IBC-Br funciona como uma espécie de “termômetro” antecipado do desempenho da economia. O resultado oficial do PIB referente a este período será divulgado apenas em 2 de setembro pelo IBGE.

Diferenças entre PIB e IBC-Br

Apesar da similaridade, o cálculo do IBC-Br apresenta algumas diferenças importantes em relação ao PIB do IBGE. O indicador do Banco Central leva em conta estimativas dos setores da agropecuária, indústria e serviços, além dos impostos relacionados à produção. Contudo, ele não considera o lado da demanda, que está presente no cálculo do PIB oficial. Isso significa que o IBC-Br foca mais nos aspectos de oferta da economia do que nas variações do consumo, investimento, gastos do governo e exportações.

Por essa razão, embora o IBC-Br seja bastante útil para análise preliminar, ele não substitui o índice oficial para decisões de políticas públicas e avaliações mais detalhadas.

Significado do crescimento econômico

O crescimento de 0,3% no segundo trimestre indica que a economia brasileira expandiu seu nível de produção de bens e serviços em relação ao período anterior. Em termos práticos, isso pode representar aumento da produção industrial, maior atividade no comércio, aumento na agricultura e serviços, ou uma combinação desses fatores.

Quando o PIB cresce, em geral, há mais geração de empregos, melhora na renda das famílias e maior dinamismo econômico — ainda que isso não garanta diretamente melhoria no bem-estar social, pois outros fatores, como distribuição de renda e inflação, também influenciam a qualidade de vida.

Por outro lado, uma queda no PIB sinaliza retração econômica, com redução no consumo e investimentos, o que pode levar a desemprego e dificuldades econômicas.

Impactos para a política econômica

O IBC-Br é uma das referências que o Banco Central utiliza para definir a política monetária do país, em especial a taxa básica de juros, a Selic. Um crescimento econômico mais robusto pode pressionar a inflação para cima, levando o BC a manter ou até aumentar os juros para conter reajustes de preços.

No cenário atual, com o indicador mostrando expansão moderada, a autoridade monetária pode avaliar que a economia segue um ritmo de recuperação, ainda que cauteloso. As decisões sobre juros levarão em conta também o comportamento dos preços, expectativas econômicas e os dados oficiais do PIB.

Conclusão

A prévia do PIB feita pelo Banco Central aponta para uma continuidade da expansão econômica no segundo trimestre de 2025, com crescimento de 0,3% na comparação trimestral ajustada. Embora não substitua o PIB oficial do IBGE, o IBC-Br contribui para análises mais ágeis sobre o desempenho do país.

Este dado reforça a importância de acompanhar indicadores econômicos com cautela, considerando suas metodologias e limitações, para melhor compreender os desafios e oportunidades da economia brasileira.

O resultado oficial do PIB, a ser divulgado em 2 de setembro, trará uma análise mais completa sobre o desempenho da economia nacional no período.

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Fonte: g1.globo.com