Hytalo Santos e Kamylinha: músicas sob investigação geram renda

Músicas de Hytalo Santos com Kamylinha e menores seguem no ar e rendem direitos ao influencer O influenciador digital paraibano Hytalo Santos, preso preventivamente por suspeita de exploração infantil, teve seu acesso às redes sociais bloqueado pela Justiça da Paraíba, além da desmonetização de seus conteúdos. No entanto, músicas lançadas por Hytalo em parceria com a cantora Kamylinha Santos e…
Músicas de Hytalo Santos com Kamylinha e menores seguem no ar e rendem direitos ao influencer
O influenciador digital paraibano Hytalo Santos, preso preventivamente por suspeita de exploração infantil, teve seu acesso às redes sociais bloqueado pela Justiça da Paraíba, além da desmonetização de seus conteúdos. No entanto, músicas lançadas por Hytalo em parceria com a cantora Kamylinha Santos e outros menores permanecem disponíveis nas principais plataformas de streaming de música do país, gerando renda para o influencer.
Bloqueio parcial das redes sociais e conteúdo ainda disponível
Desde a prisão de Hytalo Santos na última sexta-feira (15), o acesso do influenciador às redes sociais foi bloqueado por ordem judicial. Apesar disso, não há, até o momento, decisões que determinem a retirada das músicas dele disponíveis em plataformas como Spotify, Deezer e Amazon Music. As empresas foram procuradas para comentar sobre eventuais pedidos para a remoção dos conteúdos, mas apenas a Deezer informou que não irá se pronunciar. Spotify e Amazon não responderam até a publicação desta reportagem.
Investigações em andamento
Hytalo é investigado pelo Ministério Público da Paraíba (MP-PB) e pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) por suspeitas de exploração e exposição indevida de menores nos conteúdos que ele produzia para suas redes sociais. Segundo a decisão judicial, há “fortes indícios” de crimes como tráfico de pessoas, exploração sexual, trabalho infantil artístico irregular e constrangimento de crianças e adolescentes, além da produção de vídeos com menores em situações questionáveis.
A repercussão do caso ganhou força após uma denúncia feita pelo youtuber Felca, que possui mais de 4 milhões de inscritos, citando supostos casos de “adultização” de crianças e adolescentes dentro do grupo liderado por Hytalo.
Músicas continuam gerando receita
No Spotify, por exemplo, o perfil de Hytalo Santos ainda acumula mais de 85 mil ouvintes mensais, com faixas ultrapassando a marca de 1 milhão de reproduções. Entre as músicas disponíveis estão diversas colaborações com Kamylinha, como “Combinação Perfeita”, “Cobra Miga” e “Mal Criada”. O perfil de Kamylinha também segue ativo nas plataformas.
Ambos os artistas têm suas faixas produzidas, editadas e lançadas sob a gravadora “Hytalo Santos Music”. Isso significa que os direitos autorais tanto da composição quanto da produção das músicas continuam rendendo valores a Hytalo Santos, que, por sua vez, compartilha os direitos de interpretação com Kamylinha e outros artistas envolvidos.
Já os videoclipes, que mostravam integrantes da chamada “tropa do HS” em cenas de dança, beijos e até interagindo com cobras, foram removidos do YouTube.
Contexto da prisão
Hytalo Santos e seu marido, Israel Nata Vicente, foram presos em Carapicuíba, na Grande São Paulo, por ordem do juiz Antônio Rudimacy Firmino de Sousa, da 2ª Vara da Comarca de Bayeux, na Paraíba.
Além do bloqueio das redes sociais, as investigações seguem em andamento e incluem ações civis públicas, bem como mandados de busca e apreensão.
Posição da defesa
Por meio de nota, a defesa de Hytalo afirmou que o influenciador está à disposição da Justiça para esclarecer as acusações e nega todas as irregularidades. “Ele reitera que jamais compactuou com qualquer ato atentatório à dignidade de crianças e adolescentes e que tudo será provado no decorrer da investigação e perante o público que o acompanha”, disse.
Conclusão
O caso de Hytalo Santos evidencia a complexidade e os desafios da regulação de conteúdos digitais que envolvem menores de idade, especialmente quando há suspeitas que transitam entre a exposição e a exploração. Enquanto a Justiça atua para apurar responsabilidades, as músicas do influencer e de seus parceiros continuam a ser consumidas e a gerar ganhos financeiros, levantando debates sobre a necessidade de medidas mais amplas para proteger crianças e adolescentes nas plataformas digitais.
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Imagem: s2-g1.glbimg.com
Fonte: g1.globo.com