Ministro Padilha admite visto expirado para os EUA

Visto de Padilha para os EUA está vencido há meses, diz ministro O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou nesta quinta-feira (14) que seu visto para os Estados Unidos está vencido há vários meses, e por isso não poderia ter sido cassado pelo governo americano. A declaração ocorre após o anúncio, feito na quarta-feira (13), pela administração do presidente Donald…

Visto de Padilha para os EUA está vencido há meses, diz ministro

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou nesta quinta-feira (14) que seu visto para os Estados Unidos está vencido há vários meses, e por isso não poderia ter sido cassado pelo governo americano. A declaração ocorre após o anúncio, feito na quarta-feira (13), pela administração do presidente Donald Trump, que revogou vistos de dois servidores brasileiros ligados ao Ministério da Saúde.

Entre os cancelados estão Mozart Júlio Tabosa Sales, secretário do Ministério da Saúde, e Alberto Kleiman, ex-funcionário do governo brasileiro. A decisão foi comunicada pelo secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, que criticou o programa Mais Médicos, destacando-o como um “golpe diplomático inconcebível”.

Contexto e reação dos Estados Unidos

O programa Mais Médicos foi criado durante o governo de Dilma Rousseff, em 2013, quando Alexandre Padilha comandava o Ministério da Saúde, e foi posteriormente retomado na gestão de Luiz Inácio Lula da Silva. A iniciativa visa levar profissionais de saúde a regiões carentes do Brasil, como o interior do país e periferias urbanas, para fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS). Para preencher lacunas na quantidade de médicos disponíveis, o programa contou com a participação de profissionais cubanos por meio de uma parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

Em uma publicação divulgada pela embaixada dos Estados Unidos em Brasília, ligada à Agência para as Relações com o Hemisfério Ocidental, o Mais Médicos foi descrito como “um golpe diplomático que explorou médicos cubanos, enriqueceu o regime cubano corrupto e foi acobertado por autoridades brasileiras e ex-funcionários da Opas”. O texto reforça que os EUA continuarão responsabilizando pessoas relacionadas a essa operação de exportação trabalhista coercitiva.

Defesa do programa e das autoridades brasileiras

Em resposta às sanções americanas, Padilha defendeu o programa afirmando que ele “sobreviverá a ataques injustificáveis de quem quer que seja”. Segundo o ministro, trata-se de um projeto “salva-vidas” aprovado “por quem mais importa: a população brasileira”.

O presidente Lula também manifestou apoio ao Mais Médicos, ressaltando que é importante que os Estados Unidos compreendam a relação de “respeito de um povo que é vítima de um bloqueio há 70 anos” com Cuba. Em referência a Mozart Sales, um dos atingidos pelas revogações de visto, Lula comentou: “Há muitos lugares para você conhecer dentro do Brasil”, sugerindo apoio e estímulo à continuação do trabalho nacional.

Análise e perspectiva futura

As sanções americanas evidenciam a tensão diplomática entre Brasil, Cuba e Estados Unidos envolvendo o programa Mais Médicos. A iniciativa, essencial para a disponibilização de profissionais em áreas menos assistidas, virou alvo político por conta da participação cubana e das críticas do governo Trump ao modelo de cooperação internacional adotado.

Apesar das pressões externas, o governo brasileiro reafirma o compromisso com o programa, destacando seus benefícios para a saúde pública e a melhoria do atendimento nas regiões mais necessitadas. A revogação de vistos e os comentários oficiais americanos indicam um momento delicado nas relações internacionais e um possível prolongamento do conflito diplomático em torno do Mais Médicos.

Conclusão

O ministro Alexandre Padilha esclareceu que seu visto americano está expirado desde antes das recentes revogações, contradizendo qualquer alegação de cassação pelo governo dos EUA. Enquanto isso, o Brasil mantém a defesa do Mais Médicos, programa fundamental para a oferta de serviços médicos às populações vulneráveis, reforçando sua importância frente às críticas e sanções internacionais. O episódio ressalta o impacto das relações geopolíticas nas políticas públicas de saúde e mantém o tema no centro do debate entre Brasil e Estados Unidos.

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Fonte: g1.globo.com

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