Dólar abre em queda com investidores monitorando dados dos EUA

Dólar abre em queda com investidores monitorando dados dos EUA e encontro entre Trump e Putin Nesta sexta-feira (15), o dólar comercial iniciou o dia em queda, recuando 0,18% e sendo negociado a R$ 5,407. O movimento ocorre em meio à espera dos investidores por uma série de indicadores econômicos dos Estados Unidos e pelo aguardado encontro entre o ex-presidente…
Dólar abre em queda com investidores monitorando dados dos EUA e encontro entre Trump e Putin
Nesta sexta-feira (15), o dólar comercial iniciou o dia em queda, recuando 0,18% e sendo negociado a R$ 5,407. O movimento ocorre em meio à espera dos investidores por uma série de indicadores econômicos dos Estados Unidos e pelo aguardado encontro entre o ex-presidente americano Donald Trump e o presidente russo Vladimir Putin, no Alasca.
A pressão das tarifas e tensões comerciais entre Brasil e EUA
O cenário cambial e de mercado segue impactado pela tensão gerada pela imposição de tarifas de 50% por parte dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. Na quinta-feira (14), Trump criticou duramente o Brasil, classificando-o como um “péssimo parceiro comercial”. Essa postura recebeu apoio do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que sinalizou a possibilidade de novas tarifas e sanções adicionais contra autoridades brasileiras.
Expectativa global pelo encontro Trump-Putin
O encontro entre Trump e Putin é um dos eventos mais acompanhados pelos mercados internacionais, mesmo diante de incertezas sobre possíveis avanços no conflito da Ucrânia. A Casa Branca mantém aberta a possibilidade de uma segunda cúpula, desta vez envolvendo o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy, para discutir um possível cessar-fogo.
Dados econômicos dos EUA sob análise
Hoje serão divulgados números importantes da economia americana, incluindo vendas no varejo, preços de importados, produção industrial, estoques empresariais e índice de confiança do consumidor. Os agentes do mercado esperam que esses indicadores possam sinalizar se há espaço para o Federal Reserve iniciar cortes na taxa de juros já em setembro, o que influenciaria o apetite por ativos de risco e a valorização do dólar.
Mercado brasileiro e balanços corporativos
No Brasil, a Bolsa de Valores (Ibovespa) deve ter seu desempenho influenciado pelo balanço do segundo trimestre do Banco do Brasil, divulgado após o fechamento do pregão. O lucro líquido reportado foi de R$ 3,8 bilhões — uma queda de 60% na comparação anual e abaixo das expectativas dos analistas.
Além disso, às 9h o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgará a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) trimestral, com dados relevantes sobre o mercado de trabalho, que podem influenciar as decisões do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a taxa Selic.
Impactos das medidas governamentais e cenário fiscal
Ontem, o governo brasileiro assinou a medida provisória do programa “Brasil Soberano”, voltado para auxiliar empresas afetadas pelas tarifas americanas. Especialistas avaliam que o programa poderá frear a atividade econômica e ajudar a reduzir a inflação, ainda que moderadamente. Contudo, o pacote também pode pressionar o câmbio e a taxa básica de juros.
No campo fiscal, o relatório Prisma Fiscal de agosto do Ministério da Fazenda revisou para cima as projeções de déficit primário para 2025 e 2026, apesar de indicar uma ligeira redução da dívida bruta do governo em relação ao Produto Interno Bruto (PIB).
Setor de serviços e mercado de commodities
O IBGE divulgou que o setor de serviços cresceu 0,3% em junho na comparação mensal e 2,8% em relação a junho de 2022. O setor de transportes foi o principal destaque, com avanço de 1,5%, impulsionado pelo transporte de cargas e aéreo.
Na Bolsa de Mercadorias de Dalian (China), os contratos futuros do minério de ferro caíram 2,94% após o governo chinês suspender as construções temporariamente para um desfile militar em Pequim. Essa queda pressionou as ações de mineradoras brasileiras, como Vale (VALE3), Usiminas (USIM5) e Gerdau (GGBR4).
Voltando ao cenário internacional
Nos Estados Unidos, o núcleo do índice de preços ao produtor (PPI) subiu 0,9% em julho e 3,7% na comparação anual, números que superaram as expectativas e reforçaram a percepção de que o Fed pode retardar o início dos cortes na taxa de juros. Os pedidos semanais de auxílio-desemprego também vieram abaixo do previsto.
Em Wall Street, o S&P 500 teve leve alta de 0,03%, enquanto o Nasdaq e Dow Jones fecharam em leve baixa. Na Europa, vários mercados fecharam em alta, impulsionados por dados econômicos regionais e resultados corporativos. Já na Ásia, as bolsas encerraram majoritariamente em queda, com destaque para perdas no Japão e na China.
Conclusão
O mercado financeiro opera hoje em clima de cautela, na expectativa pelos indicadores econômicos americanos e pelos desdobramentos do encontro entre Trump e Putin. No Brasil, dados econômicos internos e balanços corporativos também devem influenciar os rumos do Ibovespa e do câmbio, em um cenário de tensões comerciais e ajustes fiscais. Os investidores monitoram atentamente essas variáveis para definir suas estratégias nos próximos dias.
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Fonte: g1.globo.com