Azul mantém operações estáveis mesmo após devolução de aeronaves

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Azul afirma que corte de até 30 aeronaves não afetará suas operações A Azul Linhas Aéreas defende que a devolução de até 30 aeronaves, prevista no processo de recuperação judicial nos Estados Unidos, não vai comprometer sua capacidade operacional. De acordo com o CEO da companhia, John Rodgerson, essa medida tem como foco aviões que estão fora de operação e…

Azul afirma que corte de até 30 aeronaves não afetará suas operações

A Azul Linhas Aéreas defende que a devolução de até 30 aeronaves, prevista no processo de recuperação judicial nos Estados Unidos, não vai comprometer sua capacidade operacional. De acordo com o CEO da companhia, John Rodgerson, essa medida tem como foco aviões que estão fora de operação e que, em vez de gerar receita, acarretam custos.

Com a redução de custos gerada pela devolução desses aviões que permanecem em solo, a empresa se vê “mais leve” e aposta na otimização da frota em rotas mais lucrativas. Como resultado, a Azul registrou uma alta de 18% na receita no segundo trimestre de 2024, na comparação com o mesmo período do ano anterior.

Rodgerson explica que muitas das aeronaves já estavam paradas e que a empresa pagava aluguel por esses equipamentos não utilizados. “O processo do Chapter 11 vai permitir tirar a obrigação de pagar aluguel por uma aeronave que não está gerando mais receita. Isso vai deixar a Azul mais leve. Não vamos ficar menor, vamos manter nosso tamanho e crescer de forma mais modesta daqui para frente. Todas as obrigações vão sair do nosso balanço e deixar a empresa mais leve daqui para frente”, destacou o executivo.

Redução de voos em cidades com baixa demanda

Parte do processo de otimização da frota envolve o encerramento de operações em destinos onde a demanda é baixa. Ao longo de 2024, a Azul suspendeu voos em 14 cidades brasileiras que representavam apenas 0,3% da receita líquida da companhia. As cidades afetadas são:

– Crateús (CE)
– São Benedito (CE)
– Sobral (CE)
– Iguatú (CE)
– Campos (RJ)
– Correia Pinto (SC)
– Jaguaruna (SC)
– Mossoró (RN)
– São Raimundo Nonato (PI)
– Parnaíba (PI)
– Rio Verde (GO)
– Barreirinhas (MA)
– Três Lagoas (MS)
– Ponta Grossa (PR)

A companhia enfatiza que seguirá focando em rotas com alta demanda, operando principalmente a partir de hubs estratégicos como Campinas (SP), Confins (MG), Recife (PE) e Porto Alegre (RS).

Um destaque positivo está no crescimento dos voos internacionais. Entre janeiro e julho de 2024, a oferta de assentos nas rotas entre Brasil e Estados Unidos pela Azul cresceu 52% em relação ao mesmo período do ano anterior, refletindo uma maior demanda neste segmento.

Processo de recuperação judicial nos EUA

A Azul está em processo de recuperação judicial nos Estados Unidos, pelo Capítulo 11 da Lei de Falências, que permite uma reorganização judicial dos negócios para reestruturar dívidas e custos. Após a sétima audiência, a companhia pretende apresentar em setembro seu plano completo de reestruturação, com a expectativa de sair da recuperação judicial até dezembro.

Segundo John Rodgerson, a reestruturação tem o objetivo de tirar “o peso do passado” e eliminar dívidas contraídas em 2020 e 2021, que não tiveram aporte governamental, ao contrário do que ocorreu com outras empresas aéreas ao redor do mundo. “Nós estamos tirando aquela dívida para andar muito mais leve”, explicou o CEO.

Até o momento, a devolução de aeronaves já aconteceu com 12 aviões e pode chegar a até 30. Hoje, a frota da empresa é de 180 aeronaves, e a projeção é que, após o processo de recuperação judicial, haja uma redução líquida de cerca de 20 aviões, considerando a entrada de novos aparelhos.

Financiamento e expectativas

A Justiça americana aprovou a recuperação judicial em maio, com um financiamento previsto de US$ 1,6 bilhão, destinado a eliminar dívidas e custear a operação durante o processo. De acordo com o vice-presidente institucional da Azul, Fábio Campos, parte desse recurso será usada para comprar parte da dívida e outra para manter o funcionamento da empresa ao longo da reestruturação.

Até a data atual, não houve objeção de credores ou da justiça às medidas adotadas pela companhia, e todas as etapas seguem dentro do cronograma planejado. O passo decisivo será a apresentação do plano estrutural completo em setembro, considerada o início da caminhada para a saída da recuperação judicial, que deve ocorrer até dezembro.

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Fonte: g1.globo.com

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